A Ilustríssima é o novo caderno dominical da Folha dedicado à cultura, à ciência e a reportagens ensaísticas. A partir deste domingo, ele substitui o Mais!, que circulou ao longo de 18 anos.
Pretende se destacar pela narrativa de alta qualidade e desprovida de jargões acadêmicos, que torne fluente e prazerosa a leitura de textos de maior fôlego.
É o caso da reportagem de capa do número inicial, um relato extenso e aprofundado sobre a expansão do consumo de crack pelo país, produzida pelos repórteres especiais Laura Capriglione e Mario Cesar Carvalho.
Textos de ficção, poesia, dramaturgia, ensaios, cartum e quadrinhos também vão compor o cardápio semanal do caderno.
Na área de ciência, o repórter especial Marcelo Leite fará resenhas e reportagens.
EXPERIMENTAÇÃO
O novo suplemento cultural será também um espaço de experimentação visual. Contará com a participação de artistas plásticos, especialmente convidados.
O artista J. Miguel faz a xilogravura para a reportagem de capa. E Marina Rheingantz, destaque da nova geração de pintores brasileiros, ilustra a contracapa e páginas internas do caderno.
A cada semana a Ilustríssima trará na sua contracapa um texto inédito de prosa, poesia ou dramaturgia. Como o de hoje, um poema em prosa publicado pela primeira vez no Brasil do escritor russo Ivan Turguêniev (1818-1883), um dos maiores autores do século 19.
A Ilustríssima terá três outras seções semanais. Uma delas, na página 2, é a "Ilustríssima Semana", com indicações de livros, filmes, exposições, entre outros campos da cultura.
A seção "Arquivo Aberto", que estreia com um depoimento da escritora Lygia Fagundes Telles, trará toda semana um relato de um grande artista, cientista ou intelectual, produzido a partir de uma peça de seu arquivo pessoal, como fotos, documentos, recortes etc.
Em "Diário de...", um autor estrangeiro ou brasileiro escreve a respeito da vida artística e intelectual de uma dentre dez cidades culturalmente importantes no mundo (Buenos Aires, Rio de Janeiro, Nova York, Los Angeles, Lisboa, Londres, Paris, Berlim, Pequim e Tóquio).
A Ilustríssima é editada pelo jornalista e tradutor Paulo Werneck, 32, que já trabalhou na Companhia das Letras e na Cosac Naify. A jornalista Izabela Moi é a editora-assistente do caderno. O projeto gráfico foi feito pelas designers Renata Buono e Laura Salaberry.