Depois de quase 25 anos de aliança política, esta é a primeira eleição no Ceará em que o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB), coordenador da campanha à reeleição do irmão, o governador Cid Gomes (PSB), atuam em campos opostos.
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Maior cacique do PSDB no Estado, Tasso rompeu com o afilhado político após intervenção do presidente Lula, que cobrou o apoio de Cid à candidatura de seu ex-ministro José Pimentel (PT) ao Senado Federal.
Alan Marques-26.out.09/Folha Imagem |
Senador Tasso Jereissati (PSDB), que tenta reeleição pelo Ceará |
A intenção do governador era ter em sua chapa apenas o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB) e dar apoio velado à reeleição do tucano ao Senado. Tasso acabou isolado na última hora.
O PSDB lançou então o nome do deputado estadual Marcos Cals (PSDB) ao Palácio Iracema. Secretário de Justiça do Estado até o início deste deste ano, Cals aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Cid e do ex-governador Lúcio Alcântara (PR). De acordo com a última pesquisa Datafolha, realizada na semana passada, Cid venceria ainda no primeiro turno, assim como em 2006.
Tasso passou boa parte da campanha pedindo votos para o tucano Marcos Cals, mas teve que intensificar a própria candidatura após pesquisas mostrarem sua liderança ameaçada nas urnas. A queda se deu após o presidente Lula aparecer nos programas de rádio e televisão pedindo voto para a dupla Eunício-Pimentel.
"Eu peço ao povo do Ceará, com o respeito e o carinho que eu tenho pelo povo do Ceará, que não permitam que a Dilma passe no Senado o que eu passei. Senadores com ódio, senadores trabalhando para tudo dar errado. Senadores trabalhando contra o governo, quando na verdade, estavam trabalhando contra o Brasil", disse Lula na TV.
Nos comícios, o tucano preferiu não fazer críticas diretas ao presidente, mas disse que sua candidatura não precisa de um "padrinho político".
A campanha de Tasso adotou tom saudosista, usando o jingle que marcou sua primeira campanha ao governo do Ceará, em 1986, e lembrando sua trajetória política.
"A única coisa que peço é que olhem a minha história, minha vida, os serviços prestados no governo e no Senado", afirmou o senador em seu último comício em Fortaleza, na noite de quinta-feira.