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    PT treina 'patrulha virtual' para atuar em redes sociais

    DE SÃO PAULO

    18/10/2011 09h37

    O PT vai montar uma "patrulha virtual" e treinar militantes para fazer propaganda e criticar a imprensa em sites de notícias e redes sociais como Twitter e Facebook.

    O partido quer promover cursos e editar um "manual do tuiteiro petista", com táticas para a guerrilha na internet. A ideia é recrutar a tropa a tempo de atuar nas eleições municipais de 2012.

    "Vamos espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país", promete o petista Adolfo Pinheiro, 36, encarregado de apresentar um plano de ação amanhã ao presidente da legenda, Rui Falcão.

    Adriano Vizoni/Folhapress
    SAO PAULO - SP, BRASIL, 17-10-2011, 19h30: PT NAS REDES SOCIAS. Retrato de Adolfo Pinheiro, coordenador do MAV (Militantes em Ambientes Sociais), nucleo que o PT esta criando para fazer propaganda politica na internet. (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress, PODER)
    Adolfo Pinheiro, coordenador do núcleo que o PT está criando

    Os filiados serão treinados para repetir palavras de ordem e usar as janelas de comentários de blogs e portais noticiosos para contestar notícias "negativas" contra o PT.

    "Quando sai algo contra um governo petista, a mídia faz escândalo, dá página inteira no jornal. Temos que ir para cima", diz Pinheiro.

    "Nossa única recomendação é não partir para a baixaria e manter o nível do debate político", afirma ele.

    A criação dos chamados MAVs (núcleos de Militância em Ambientes Virtuais) foi decidida no 4º congresso do partido, em setembro.

    O encontro foi marcado por ataques à imprensa e pela defesa da "regulamentação dos meios de comunicação".

    O militante à frente do projeto atuou na campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista em 2010.

    No mês passado, tentou articular um ato contra a revista "Veja" após a publicação de reportagem sobre o ex-ministro José Dirceu.

    Os petistas dizem que a nova ferramenta também poderá ajudar seus candidatos a enfrentar boatos na rede com maior rapidez.

    "No ano passado, demoramos demais a rebater calúnias contra Dilma [Rousseff] sobre aborto e luta armada", afirma Pinheiro.

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