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    Morre filho de Brizola que ajudou a levar Dilma para o PT

    DE PORTO ALEGRE

    28/12/2012 15h18

    Morreu na madrugada desta sexta-feira (28) no Rio o ex-deputado federal José Vicente Goulart Brizola, 61, filho do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (1922-2004).

    A causa da morte foi uma hemorragia digestiva. Ele passou as últimas semanas internado no Hospital Miguel Couto.

    Alan Marques - 19.jul.2005/Folhapress
    Ex-deputado federal José Vicente Goulart Brizola durante depoimento na CPI dos Bingos, no Senado, em 2005
    Ex-deputado federal José Vicente Goulart Brizola durante depoimento na CPI dos Bingos, no Senado, em 2005

    Nascido em Porto Alegre, José Vicente foi eleito para a Câmara em 1990 pelo PDT do Rio e permaneceu no Congresso até 1995. Ele é pai do ministro do Trabalho, Brizola Neto, 34, da deputada estadual gaúcha Juliana Brizola, 37, e do vereador no Rio Leonel Brizola Neto, 37. Os três são pedetistas.

    O ministro Brizola Neto viajou ao Rio de Janeiro para acompanhar o velório.

    Um dos momentos marcantes de sua trajetória foi o rompimento com o PDT de seu pai em 2001. Na época, ele liderou um grupo dissidente que saiu do partido no Rio Grande do Sul e migrou para o PT gaúcho.

    O movimento que trocou de legenda era formado também pela hoje presidente Dilma Rousseff, que naquele ano era secretária da Energia do Rio Grande do Sul. A ida de Dilma para o PT gaúcho abriu caminho para que ela se tornasse ministra do governo Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2003.

    No Rio Grande do Sul, José Vicente também foi presidente da Loteria estadual no governo do petista Olívio Dutra (1999-2002).

    Após deixar o cargo, ele foi o pivô de acusações contra o PT. Ele dizia ter sido coagido por petistas gaúchos a buscar recursos de campanha com donos de bingos e bicheiros. O partido sempre negou.

    Em 2005, depôs na CPI dos Bingos no Congresso sobre o caso. Ele foi expulso do PT no ano anterior.

    O velório ocorrerá a partir das 18 horas de hoje no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, no Rio de Janeiro. No sábado (29), ocorrerá a cremação do corpo. (FELIPE BÄCHTOLD)

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