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    'Rubens Paiva foi assassinado no Exército', diz membro de comissão

    DE BRASÍLIA

    11/01/2013 21h48

    O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles, divulgará em fevereiro ou março um texto de sua autoria segundo o qual há provas documentais de que o deputado federal Rubens Paiva foi morto por agentes da ditadura militar no interior de um prédio do Exército no Rio.

    Alan Marques/Folhapress
    O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles
    O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles

    Crítico da ditadura, Paiva desapareceu em janeiro de 1971, aos 41 anos de idade.

    A versão oficial que o Exército mantém até hoje é que Paiva fugiu das mãos dos militares no Rio. Papéis que têm vindo a público ao longo dos anos e depoimentos testemunhais, contudo, indicam que Paiva foi morto sob tortura nas mãos do Exército.

    Fonteles afirmou ao programa da jornalista Miriam Leitão, no canal GloboNews, e ao portal "iG" que há documentos no Arquivo Nacional que apontam para o assassinato de Paiva no interior do DOI-Codi, um dos principais centros da repressão militar à esquerda na época da ditadura (1964-1985).

    O coordenador reconheceu que ainda não há pistas do destino dado ao corpo pelos militares nem os nomes dos autores do crime.

    Em novembro, a Folha revelou que documentos entregues à Polícia Civil do Rio Grande do Sul pela família do coronel Júlio Miguel Molinas Dias, morto a tiros quando chegava em sua casa em Porto Alegre (RS), ajudariam a confirmar a morte de Paiva nas mãos da ditadura militar.

    Dias comandou o DOI-Codi do Rio no fim da década de 70 e no início dos anos 80. Um dos documentos confirmou que Paiva chegou a dar entrada no DOI-Codi.

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