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    Marco Feliciano tenta se comparar a Jesus Cristo em culto em SC

    JEFERSON BERTOLINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CAMBORIÚ (SC)

    28/04/2013 23h16

    O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) tentou se comparar a Jesus Cristo durante culto em Camboriú (79 km de Florianópolis) na noite deste domingo (28).

    Principal pregador do 31º Congresso Internacional de Missões, Feliciano disse que "o único pecado de Jesus foi ter falado a verdade" e emendou que, como pastor e deputado, nunca se calará.

    "A verdade deve ser dita. Podem cassar um deputado, mas não um pastor. Mesmo que levem ele para a cadeia, ele pregará lá dentro", declarou.

    Ele revelou estar com um problema de refluxo por causa do estresse das últimas semanas na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, da qual não pensa em sair.

    "Nessa luta que venho passando, me deixaram 30 dias sozinho na cruz. Por 30 dias nem a nossa frente havia se manifestado. O Brasil inteiro me viu apanhar sozinho. Eu chorei."

    Durante o culto, assistido por 5.000 pessoas em um ginásio de esportes e por aglomerados de gente em três telões do lado de fora, Feliciano citou Judas entre críticas à imprensa -- o culto começou às 21h e terminou às 23h.

    Ele disse que os jornais "desenharam a figura de um monstro" ao referirem-se a ele, e que continua firme "por causa das orações" e pela sua "luta pela família".

    "Tem jornalista que pergunta como eu aguento a pressão. Eu digo: meu filho, eu sou pentecostal. Quanto mais grito, melhor. Quanto mais fuzuê, melhor para mim."

    PRECONCEITO

    Ovacionado pelos fieis, que chegaram a fazer um coro de "Feliciano me representa", o pastor e deputado demonstrou preconceito ao comentar os protestos com beijos gay.

    "Nenhum pai cria o filho para ver porcaria. A família é criada para adorar a Deus", gritou, dizendo que não se importa com as manifestações por "não ser pautado pela mídia e pelos artistas".

    Feliciano negou que seja homofóbico e racista, e convocou os seguidores a não ver novelas nem ler jornais e revistas.

    O congresso de missões é organizado pelos Gideões Missionários da Última Hora, grupo que diz fazer benfeitorias no mundo com as doações recebidas nos cultos.

    O evento começou no sábado (20) e vai até 1º de maio com expectativa de reunir 150 mil pessoas no período. O slogan é "A colheita ainda não acabou, Avante!".

    Feliciano participou 16 vezes do evento, onde já causou polêmica ao criticar um fiel que doou o cartão sem senha e dizer que "não se rebaixaria a ser político".

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