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    Rio de Janeiro

    Manifestantes deixam esquina de Cabral depois de 40 dias de ocupação

    DO RIO

    06/09/2013 12h50

    Depois de 40 dias, o "Ocupa Cabral" acabou. O acampamento criado por ativistas contra o governador do Rio, Sergio Cabral, no canteiro central da avenida Delfim Moreira, altura da rua Aristides Espínola, no Leblon, foi desmontado na noite desta quinta-feira (5). O local, que fica na esquina de onde mora do governador do Rio, estava ocupado desde o dia 28 de julho.

    Integrantes do Ocupa Cabral disseram à Folha que os próprios manifestantes decidiram dar um fim ao acampamento para, entre outras coisas, engrossar as manifestações previstas para o 7 de setembro e fortalecer outras ocupações, como a que ocorre em cerca de 20 barracas em frente à Câmara Municipal do Rio.

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    O Ocupa Cabral tinha em torno de 20 moradores fixos. A quantidade de pessoas variava de acordo com o dia. No início da ocupação, havia atos quase diários de protestos na esquina da residência de Cabral, o que motivou, inclusive, um apelo do governador para que as manifestações deixassem o local.

    Em um primeiro momento, os protestos não diminuíram. Mais tarde, as manifestações passaram a ocorrer com mais frequência no centro da cidade e no entorno do Palácio Laranjeiras, sede do governo estadual. Para compensar a redução dos protestos no local, o Ocupa Cabral passou a ter uma agenda cultural, com palestras sobre direitos humanos, projeção de filmes e apresentações musicais.

    No início da ocupação, moradores locais apoiaram. Alguns pediram, por meio de abaixo assinado, a saída do governador do bairro, para reduzir confrontos entre polícia e manifestantes no metro quadrado mais caro do Rio. Mais recentemente, o apoio já não era o mesmo. A Associação de Moradores e Amigos do Leblon informou na semana passada que entraria na justiça pedindo a remoção do grupo.

    Foi a segunda vez neste ano que ativistas ocuparam a esquina do governador. Da primeira vez, contudo, eles foram retirados à força pela Polícia Militar quando a ocupação completou duas semanas. Dessa vez, em parte motivado pelas pesquisas que indicavam queda de popularidade do governador, não houve intervenção policial e o grupo permaneceu por 40 dias.

    Daniel Marenco - 17.jul.2013/Folhapress
    Manifestantes protestam na esquina da casa do governador Sergio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro
    Manifestantes protestam na esquina da casa do governador Sergio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro

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