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    Pré-candidato, Aécio diz que ter FHC como vice seria 'uma honra'

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    18/03/2014 19h55

    Pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) disse nesta terça-feira (18) que seria "uma honra" ter o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como vice-presidente em sua chapa nas eleições de outubro. Apesar de não confirmar essa possibilidade, Aécio disse que o ex-presidente terá "destaque" na campanha do PSDB à Presidência.

    Aécio disse que o partido vai definir em maio o nome que vai disputar a vice-presidência, depois de conversas com o DEM e o Solidariedade –dois partidos aliados do PSDB na corrida presidencial.

    "Há um engajamento cada vez maior do presidente Fernando Henrique na campanha, mas isso não se cogita, pelo menos por enquanto", afirmou.

    Ao contrário de outros candidatos do PSDB à Presidência, como Geraldo Alckmin (2006) e José Serra (2010), Aécio optou por dar destaque ao ex-presidente e ao seu legado na campanha. O senador disse que Fernando Henrique é uma figura de "influência" no cenário eleitoral, por isso sua intenção é tê-lo presente na campanha com destaque aos feitos do seu governo.

    Pedro Ladeira - 25.fev.2014/Folhapress
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, presidente do PSDB
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, presidente do PSDB

    Aécio negocia vice especialmente com o DEM, principal aliado do PSDB, mas não descarta uma chapa puro-sangue. Além de FHC, os tucanos também sinalizam com a indicação do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ligado a Serra –se o partido optar por um nome do PSDB.

    O tucano disse que vai dedicar os próximos dias à montagem dos palanques regionais com os aliados, especialmente em cidades onde há impasses –como é o caso do Rio de Janeiro. O PSDB não descarta lançar candidato próprio ao governo do Estado, mas o DEM defende apoio ao nome do ex-prefeito César Maia.

    "Estamos conversando com o César. A decisão no Rio será em conjunto com o DEM. Vamos buscar candidatura própria com os nossos aliados", disse Aécio.

    O senador reiterou que recebe com "satisfação" manifestações do PMDB do Rio em apoio à sua candidatura. Apesar de o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) ter anunciado apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista é amigo pessoal de Aécio e nos bastidores não descarta apoiar formalmente o tucano.

    ALIANÇAS

    Em reunião nesta terça-feira com o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), Aécio definiu a coligação no Rio Grande do Sul. Os dois partidos, junto com o Solidariedade, vão estar coligados nas eleições proporcionais, mas nenhum terá candidato próprio ao governo do Estado. A aliança garante 5 minutos no tempo de TV na propaganda eleitoral.

    Os três partidos ainda não definiram se vão apoiar os candidatos do PMDB, PDT ou do PP. As conversas estão mais avançadas com a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), pré-candidata ao governo, mas os três partidos não descartam um nome alternativo no Rio Grande do Sul.

    "Um desses três será o palanque da nossa coligação", disse Aécio.

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