O juiz federal Sergio Moro revogou nesta sexta-feira (28) a prisão temporária de Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro do Ministro das Cidades Mário Negromonte e apontado como integrante do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef.

Ao justificar a decisão, Moro escreveu que Adarico tinha o papel de "subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos".

Adarico se entregou na segunda-feira à Polícia Federal em Curitiba. Ele foi o último preso da sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga desvios em licitações da Petrobras e pagamento de propina a políticas.

	Zanone Fraissat/Folhapress
	Adarico Negromonte deixa o prédio da policia federal em Curitiba

Apesar de solto, Adarico não poderá viajar ao exterior, mudar de endereço e tem de comparecer a todos os atos do processo quando for convocado.

Adarico deixou a superintendência da PF em Curitiba pouco depois das 19h, acompanhado do filho Adarico Negromonte Neto e das duas advogadas.

Ele não falou com a imprensa. Segundo sua defesa, Montenegro seguiu de carro para casa, em Registro (interior de São Paulo).

"Foi uma decisão baseada no princípio da presunção da inocência", declarou a advogada Joyce Roysen. "Nosso cliente de fato colaborou. Foi ouvido, prestou os esclarecimentos e não foi mais questionado. Nenhum elemento novo surgiu."

Ela não confirmou se Adarico atuava ou não como transportador de valores para o doleiro Alberto Youssef, como sugere a investigação da PF.

Colaborou ESTELITA HASS CARAZZAI, de Curitiba