Em junho de 2013 –mês marcado por uma onda de enormes protestos pelo país–, as manifestações de rua passaram de cerca de 2.000 para mais de 1 milhão de pessoas em duas semanas.
O marco inicial do período, batizado como "jornadas de junho", foi um protesto no dia 6 daquele mês contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo.
O ato foi promovido pelo MPL (Movimento Passe Livre), que já havia feito manifestações parecidas em anos anteriores. De um lado, manifestantes fecharam vias, quebraram placas, picharam muros. De outro, a polícia lançou bombas e balas de borracha.
No dia seguinte, uma passeata liderada pelo mesmo grupo aparentava estar um pouco mais encorpada. A estimativa de participantes feita pela PM subiu para 5.000.
No terceiro ato, no dia 11, as estimativas de adesão ainda não chegavam a 10 mil. Mas a escalada de violência tornou-se evidente. O protesto terminou com 20 pessoas detidas.
Uma das datas mais marcantes da "jornada" de 2013 foi o 13 de junho, com os organizadores estimando a participação de 20 mil pessoas. O ato de São Paulo foi seguido de repressão policial violenta. No fim, mais de 100 feridos e cerca de 200 detidos.
Protestar contra a atuação da polícia tornou-se então uma das principais motivações para as manifestações.
O movimento espalhou-se para novas capitais, agregou novas causas, como a oposição aos gastos da Copa, e agigantou-se. Estimativas da época falam em 215 mil pessoas em 12 cidades no dia 17. Em São Paulo, o Datafolha contou 65 mil nesse dia.
No dia 20, duas semanas após o marco inicial, atos em 13 capitais mobilizaram, segundo estimativas, mais de 1 milhão de pessoas. Em Brasília, manifestantes atacaram prédios de vários ministérios.
A partir do dia 23, houve protestos quase diários e manifestações em cidades médias e pequenas. As pautas se diversificaram. No dia 31, a avenida Paulista foi tomada por atos de pequeno porte.
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