O protesto deste domingo (15) em Florianópolis, capital do Estado que menos votou em Dilma Rousseff nas eleições de outubro passado, pediu o impeachment da presidente pelo rombo na Petrobras e o afastamento do PT do governo pelos casos de corrupção.
"Como diria um não saudoso chefe de Estado, `nunca antes na história desse país´ se lesou tanto o erário", disse Anselmo Heidrich, do MBL (Movimento Brasil Livre) em Santa Catarina.
O ato reuniu 25 mil pessoas, segundo o comando estadual da Polícia Militar. Na estimativa do MBL, foram 30 mil.
Os manifestantes se reuniram às 16h em frente ao terminal urbano do centro e caminharam cerca de sete quilômetros até a sede da Polícia Federal, onde o ato terminou com o Hino Nacional, às 18h15.
A sede da PF foi escolhida em referência ao juiz Sérgio Mouro, da Operação Lava Jato.
A marcha percorreu vias nobres da cidade, como a Beira-Mar Norte, e transcorreu sem incidentes, segundo a PM. Choveu forte durante a maior parte do trajeto.
"Eu nunca tinha participado de protestos como esse. Hoje vim pra rua porque a roubalheira está demais. O povo tem que se unir para cobrar vergonha na cara", disse a vendedora Tatiana Souza, 32.
"Está tudo caro: o que eu comprava com R$ 50 (no mercado), agora gasto R$ 80. E o que a gente vê é o dinheiro do povo sendo roubado", disse a cabeleireira Luzinete Ribas, 40.
No segundo turno das eleições, Dilma teve 35,41% dos votos em SC, ante 64,59% de Aécio Neves (PSDB). Em Florianópolis a petista teve 34,30% dos votos, ante 65,70% do tucano.
Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress
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