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    Alckmin é hostilizado por estudantes na Faculdade de Direito da USP

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    24/02/2016 19h07

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi hostilizado por um grupo de estudantes na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, em um protesto contra supostos desvios na merenda escolar e contra a violência da Polícia Militar. O episódio ocorreu na noite de segunda-feira (22).

    Alckmin e o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, saíram escoltados do Salão Nobre da faculdade, onde haviam participado da solenidade de posse do novo presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Dimas Ramalho.

    No caminho até o carro, os estudantes gritavam "assassino" e "governador, cadê a merenda?", em referência, respectivamente, às mortes causadas pela PM paulista e às investigações de desvios na merenda que envolvem integrantes da administração e políticos do PSDB.

    Segundo a estudante do 2º ano de direito Beatriz Rodrigues Gonzaga, 20, membro do Centro Acadêmico XI de Agosto, uma manifestação contra a violência da PM já estava marcada para a última segunda-feira, mas, ao perceber a presença de Alckmin na faculdade, um grupo de alunos decidiu abordá-lo.

    Ainda de acordo com Beatriz, o ato teve apoio do centro acadêmico e da UNE (União Nacional dos Estudantes), da UEE (União Estadual dos Estudantes), de entidades de secundaristas e de outros coletivos da Faculdade de Direito da USP.

    O Palácio dos Bandeirantes não quis comentar o episódio, por avaliar que a manifestação foi "política".

    Em nota, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Cauê Macris (PSDB), afirmou que os manifestantes "não entendem o que é democracia e preferem a violência ao debate".

    "Não foi um protesto. Foi uma tentativa lamentável e covarde de agressão. Talvez o ódio cego se dê por conta das prisões e gravíssimas acusações que o PT tem sofrido no âmbito federal. E eles vejam no governador Geraldo Alckmin a antítese do que representa aquele partido para o Brasil", disse Macris.

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