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    o impeachment

    Governo Pimentel não descarta voltar a parcelar salários de servidores

    JOSÉ MARQUES
    DE BELO HORIZONTE

    15/03/2016 17h16

    Depois de dividir os salários dos servidores em até três vezes de fevereiro a abril, o governo de Minas Gerais já não descarta continuar o parcelamento pelo menos até julho.

    A decisão, no entanto, só será tomada no fim do mês e anunciada primeiro aos representantes do funcionalismo, segundo o secretário Helvécio Magalhães (Planejamento).

    Ele e José Afonso Bicalho (Fazenda), os dois principais responsáveis pela área econômica do governo Fernando Pimentel (PT), estiveram em audiência na Assembleia Legislativa mineira para falar da situação financeira do Estado.

    Questionado pela oposição se manteria o parcelamento, Helvécio disse que se posicionaria "no fim do mês, em primeira mão com os sindicatos". "Nessa reunião vamos apresentar os calendários de pagamento", completou.

    Até o ano passado, os salários eram quitados até o quinto dia útil do mês subsequente. Isso mudou em janeiro, quando houve atraso na transferência às contas dos servidores.

    O governo creditou o problema à falta de dinheiro para saldar os salários e, no dia 15, anunciou que parcelaria o pagamento nos três meses seguintes –embora Helvécio insistisse, poucos dias antes do anúncio, que essa era uma possibilidade remota.

    Entre fevereiro e abril, ficou decidido que cerca de 75% dos funcionários, que ganham até R$ 3.000 por mês, continuam recebendo até o dia 5.

    Já os servidores com salário que ganham entre R$ 3.000 e R$ 6.000 recebem em duas vezes. O restante tem o rendimento dividido em três vezes.

    Desde dezembro, o Estado também tem atrasado o pagamento das parcelas da dívida com a União, de aproximadamente R$ 420 milhões cada.

    PROFESSORES

    Apesar dos problemas de caixa, Pimentel encaminhou nesta terça um projeto de lei ao Legislativo que reajusta o salário dos professores do Estado em 11,36%, de acordo com a correção do piso nacional do magistério, retroativo a janeiro.

    A medida foi tomada depois que o sindicato da categoria, filiado à CUT e próximo ao PT, ameaçou convocar uma greve em assembleia que aconteceria nesta quinta (16). Antes disso, o governo planejava dar um abono aos professores a partir de março.

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