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    Morte na Lava Jato

    Testemunha diz ter visto fumaça saindo do avião de Teori Zavascki

    ANDRÉ BARCINSKI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARATY

    20/01/2017 11h24

    Um barqueiro que trabalha com passeios turísticos em Paraty (RJ) afirma ter visto fumaça saindo da asa esquerda do avião que caiu na região, nesta quinta (19), matando o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e outras quatro pessoas.

    Célio de Araújo, conhecido como Pelé, 50, saiu do cais de Paraty para um passeio de uma hora, com cinco adultos e uma criança a bordo do barco. Segundo o barqueiro, eles estavam próximos à ilha da Rapada, quando viram o avião, que voava baixo, se aproximando.

    A aeronave, segundo Pelé, fez uma curva para a direita, bateu na água e quicou diversas vezes.

    O avião caiu no mar de Paraty, próximo da chamada Ilha Rasa, que fica a cerca de dois quilômetros do litoral. Paraty fica a 250 quilômetros da capital do Rio. Chovia de maneira moderada na hora do acidente, segundo a ClimaTempo. No entanto, havia grande nebulosidade e formação de raios.

    A aeronave, prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano.

    O empresário Carlos Alberto Filgueiras, 69, fundador do grupo Emiliano, também morreu no acidente.

    Vítimas do acidente

    'ME TIRA DAQUI'

    O barqueiro Ademilson de Alcantara Mariano, 34, diz ter chegado ao local dez minutos após o acidente, que ocorreu por volta das 13h50.

    De acordo com o barqueiro, a Defesa Civil e os bombeiros chegaram ao local entre 14h25 e 14h30. Notaram, ainda de acordo com Mariano, que havia uma sobrevivente.

    Os bombeiros passaram uma corda por baixo do avião, para levantá-lo. Ouviram, então, a mulher dizer: "Me tira daqui, não estou aguentando mais".

    A equipe de resgate tentou, sem sucesso, quebrar o vidro do avião com uma marreta. Conseguiram, no entanto, fazer um buraco na fuselagem, com a intenção de levar oxigênio por meio de uma mangueira para a vítima, que acabou morrendo afogada.

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