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    Lava Jato

    Em Curitiba, Marcelo Odebrecht é ouvido por juiz auxiliar de Teori

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    27/01/2017 11h46 - Atualizado às 18h27

    O executivo Marcelo Odebrecht foi ouvido na manhã desta sexta-feira (27) em Curitiba numa audiência sigilosa, como parte do processo de homologação do seu acordo de delação premiada.

    O herdeiro do grupo Odebrecht foi o último dos 77 executivos e ex-funcionários que negociam delação a ser ouvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Com isso, está aberto o caminho para a homologação do acordo.

    A decisão caberá à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, que pode homologá-lo ainda durante o recesso, até o dia 31 de janeiro, ou deixar a tarefa para o próximo relator da Lava Jato –cujo nome ainda não foi definido.

    Um juiz auxiliar do ex-ministro Teori Zavascki, Márcio Schiefler Fontes, viajou até Curitiba para ouvir o executivo. A audiência começou por volta das 10h e durou cerca de duas horas.

    Esse é um procedimento padrão na delação premiada: antes da homologação, a Justiça ouve o candidato a delator para saber se o acordo foi feito espontaneamente, se o colaborador confirma os fatos narrados na delação e se o processo atendeu às regras da lei.

    Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress
    O ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, chega à sede da Justiça Federal em Curitiba, onde será ouvido pelo juiz auxiliar de Teori Zavascki, Márcio Schiefler Fontes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para validar o acordo de delação do executivo, detido na 14ª fase da Operação Lava Jato.
    O ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, chega à sede da Justiça Federal em Curitiba

    Fontes também ouviu um outro executivo da Odebrecht na mesma ocasião, Valter Luís Arruda Lana, diretor da empresa na região Sul. As audiências acontecem na Justiça Federal do Paraná.

    A realização do encontro atende à ordem da ministra Cármen Lúcia, de retomar as audiências de homologação do acordo, após a morte do ministro Teori.

    Os trabalhos ficaram paralisados por alguns dias. Ainda não está definido se a ministra vai homologar a delação, ainda no recesso, ou se deixará a incumbência para o próximo relator da Lava Jato, ainda a ser escolhido.

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