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    Lava Jato

    'Quero os nomes', diz Marco Aurélio após Janot indicar suspeita em delação

    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA

    04/09/2017 20h45

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 03-11-2016, 14h00: Sessão plenária do STF. A ministra Carmen Lúcia preside a sessão que deve julgar ação que impede réus de ocuparem cargos da linha sucessória da presidência da República. O ministro Marco Aurélio Mello é o relator da ação. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal

    O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta segunda-feira (4) que, para não deixar a corte sob suspeita, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, precisa dizer quais são os nomes sob suspeita de irregularidade nas tratativas da delação premiada dos executivos da JBS.

    "Quero os nomes. Simplesmente dizer que há envolvidos deste ou daquele órgão não basta", afirmou Marco Aurélio à Folha.

    "Não escutei o que doutor Janot, a quem respeito muito, disse [sobre os delatores da JBS terem citado pessoas do Supremo]. Vou ver no jornais, mas é preciso esclarecer."

    Em pronunciamento à imprensa convocado de última hora, Rodrigo Janot afirmou que determinou abertura de investigação de indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no acordo de executivos da JBS.

    O procurador-geral disse que só não divulgou os áudios até o momento —uma vez que o acordo da JBS não está sob sigilo— porque eles têm trechos que envolvem "direito à personalidade e à intimidade" de agentes da PGR e do STF. "Se [o áudio] não tiver que ser [entregue à imprensa] inteiro, que seja por decisão do Supremo", afirmou.

    Questionado sobre quem é o agente do STF citado nas conversas, Janot respondeu apenas que ele "tem foro", sem especificar se se trata de um ministro.

    No despacho, o procurador-geral afirma que o então procurador da República Marcelo Miller pode ter oferecido facilidades à J&F nas negociações da delação premiada.

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