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    Cotado para 2018, Meirelles diz que 'esse negócio de vice é interessante'

    THAIS BILENKY
    NATÁLIA PORTINARI
    DE SÃO PAULO

    30/10/2017 15h55

    O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), disse, em palestra a empresários, nesta segunda-feira (30), que não é pré-candidato a presidente da República, mas que "esse negócio de vice é até interessante".

    Questionado por jornalistas após o evento, disse que a frase foi uma "mera brincadeira". "Não acredito que seja algo de grande interesse de minha parte", afirmou.

    Ao lado do prefeito João Doria (PSDB), em almoço promovido pelo Lide, Meirelles afirmou que é "candidato a fazer um bom trabalho no Ministério da Fazenda e impulsionar a trajetória de crescimento da economia brasileira".

    E emendou que "esse negócio de vice é até interessante. Eu fui convidado a ser candidato a vice-presidente da República em 2010 e optei por não disputar a convenção do partido. Me convidaram também em 2014, mas, naquela ocasião, por razões diversas, não foi o caso".

    Mais tarde, relatou que se referiu ao aceno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que fosse vice de Dilma Rousseff (PT) e ao de Aécio Neves (PSDB), quatro anos depois.

    CRESCIMENTO ECONÔMICO

    O ministro foi aplaudido quando disse que a projeção oficial de crescimento econômico do ano que vem "ainda é de 2%, mas com com viés de alta".

    Doria, por sua vez, falou em "perspectivas reais de crescimento de 3%", em 2018.

    Desligado do Lide, empresa que fundou, mas cujos eventos frequenta, o prefeito chegou e se encaminhou diretamente para a sala VIP, reservada em geral para o palestrante e poucos associados do grupo. No almoço-debate, sentou-se ao lado de Meirelles, discursou e, depois do almoço, foi embora sem dar entrevista.

    Em breve pronunciamento, o tucano elogiou o trabalho do ministro, que, segundo ele, "tem conduzido de forma brilhante" a Fazenda.

    Um mês e meio depois de sugerir a Meirelles que focasse o trabalho na Fazenda, e "não se contaminasse pela questão política", o prefeito disse que "é preciso reconhecer o valor daquilo que ele vem fazendo".

    "Não é possível contaminar politicamente uma gestão que vem sendo feita eficientemente na área econômica", afirmou Doria.

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