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    Garçom do antigo Riviera diz perdoar Chico Buarque por maço de cigarro

    KÁTIA LESSA
    COLUNISTA DA sãopaulo

    15/09/2013 02h30

    Ícone do bar Riviera, ao lado do falecido Zé, o garçom Juvenal Martins, 82, virou barman da Rê Bordosa nos quadrinhos de Angeli. Era conhecido pela fama de rabugento. "Não brinco em serviço, é o meu estilo", diz ele, que hoje mora em Jacareí (interior de SP).

    Empregado da casa por quase 40 anos, avisa que já perdoou Chico Buarque por lhe dever até hoje um maço de cigarros. "Se alguém chegava com cheiro de maconha, mandava lavar a boca antes de falar comigo."

    O garçom que serviu lideranças estudantis como José Dirceu, então apelidado de "Alain Deloin das massas", diz que gostava da ditadura, pois as pessoas se respeitavam mais.

    "Hoje essa juventude que protesta no Sete de Setembro é formada por espíritos errantes. Algumas mulheres no Riviera eram mesmo muito saidinhas. Vara torta sempre existiu", ri.

    Seu Renato, o ex-dono do Riviera, conta que ele gostava de beber. O garçom rebate. "Bebia sozinho no balcão da padaria ao lado, só depois do expediente. Estou há 28 anos sem tomar nem gole de champanhe."

    Juvenal processou o ex-patrão na justiça trabalhista. Ganhou. E quer saber: "Ele ainda está bravo comigo?".

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