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    Musa do Cinema Marginal, Helena Ignez é homenageada em festival

    DE SÃO PAULO

    04/09/2017 17h07

    Jennifer Glass
    Atriz e diretora Helena Ignez no espetáculo "Tchekhov É um Cogumelo", de André Guerreiro Lopes, em cartaz no Teatro Anchieta no SESC Consolação.
    Atriz e diretora Helena Ignez no espetáculo "Tchekhov É um Cogumelo", de André Guerreiro Lopes, em cartaz no Teatro Anchieta no SESC Consolação.

    Conhecida por interpretar personagens marcantes do cinema de vanguarda da década de 1960, Helena Ignez ganha tributo no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

    Realizado pela Academia Brasileira de Cinema, o evento acontece na próxima quinta-feira (5) e também saúda o ator Antonio Pitanga, 78, nome importante do Cinema Novo.

    Também aos 78 anos, a atriz e diretora não dá sinais de cansaço. Moradora do centro de São Paulo, Ignez está em cartaz no Sesc Consolação com a peça "Tchekhov é um cogumelo", de André Guerreiro Lopes, e lança como diretora seu longa-metragem "A Moça do Calendário". O filme foi baseado no roteiro de Rogério Sganzerla (1946-2004), com quem foi casada após separar-se do cineasta baiano Glauber Rocha (1939-1981).

    Engajada em movimentos sociais, Ignez afirma ser da geração das "mulheres que vão atrás de seus desejos".

    "Eu quero descolonizar a mente com o meu cinema, desmanchar o machismo. Todos os meu filmes têm o ponto de vista femininos e esse último é uma subversão de clichês machistas. O roteiro do Rogério é poderoso. É de 1987 mas tem uma ligação impressionante com o momento político atual. Meu cinema é feminista e interessado", diz.

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