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    Brasil tem mais residências com notebooks do que com desktops, aponta pesquisa

    BRUNO FÁVERO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    15/04/2013 03h30

    Os notebooks superaram os desktops como o principal computador dos consumidores residenciais brasileiros, aponta estudo realizado em fevereiro deste ano pela consultoria CVA Solutions.

    Invertendo a proporção de um ano atrás, quando os PCs de mesa ainda eram maioria, os portáteis agora representam 55,6% dos equipamentos domésticos, contra 42,4% dos PCs e 2% dos tablets.

    A transição para o computador portátil já era uma tendência mundial, também detectada por aqui --desde 2011 as vendas de notebook superam as de desktops. A notícia, entretanto, pode ser ruim para a indústria nacional, que tem um desempenho melhor no mercado de computadores de mesa.

    De acordo com a pesquisa da CVA, a Positivo é a marca de desktop mais presente nas casas do país, com 12,1% dos equipamentos existentes. A participação somada das empresas brasileiras chega a quase 35%. Entre os notebooks, a Positivo, de novo a mais bem colocada entre as brasileiras, vai para a quinta posição, enquanto a participação total das marcas nacionais cai para 21,4% --neste ranking, a liderança fica com a americana Dell.

    Para Sandro Cimatti, sócio diretor da CVA, as marcas brasileiras conseguem bons números com seus desktops porque oferecem preços baixos, mas têm mais dificuldades para conquistar espaço em um mercado como o dos notebooks, que exige produtos de mais qualidade e privilegia marcas fortes.

    "No desktop, o conceito de marca é fraco: o monitor, por exemplo, pode ser da Samsung e a CPU, não. No dispositivo móvel a marca dá status. Como as estrangeiras são mais fortes que as nacionais, levam vantagem", diz."É mais legal exibir um Apple que um Positivo", resume.

    Já Hugo Valério, diretor de informática da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), diz ver as fábricas brasileiras preparadas para a mudança no padrão de consumo. Ele admite, porém, que os dois mercados têm diferenças. "Desktop é mais padronizado [...] Agora é preciso investir mais em inovação, engenharia, design, essas coisas."

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    O FUTURO É DOS TABLETS

    E se o mercado mundial serve de parâmetro para antecipar o que acontecerá no Brasil, o processo que está acabando com os desktops e popularizando os notebooks deve levar o tablet a se tornar o principal equipamento de informática no país.

    Na última quarta-feira, a consultoria americana Gartner publicou um estudo prevendo, em 2013, um aumento de 69,8% na vendas mundiais de tablets e um recuo de 7,6% na vendas somadas de notebooks e desktops. A previsão é que os tablets superem laptops e PCs em 2017.

    Cimatti concorda que a busca por mobilidade torna a ascensão dos tablets inevitável, mas acha que a mudança só virá com a evolução dos equipamentos. "A maioria, hoje, realmente não precisa de um computador com muita potência, mas o tablet só vai se tornar o computador principal se rodar mais programas e se conectar a mais dispositivos."

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