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    Campeão mundial de Go perde de novo para supercomputador do Google

    DA AFP

    10/03/2016 13h54

    Lee Jin-man/Associated Press
     South Korean professional Go player Lee Sedol reviews the match himself after finishing the second match of the Google DeepMind Challenge Match against Google's artificial intelligence program, AlphaGo in Seoul, South Korea, Thursday, March 10, 2016. The human Go champion said he was left "speechless" after his second straight loss to Google's Go-playing machine on Thursday in a highly-anticipated human versus machine face-off. (AP Photo/Lee Jin-man) ORG XMIT: LJM112
    O campeão mundial de Go, Lee Sedol, revisa a partida depois de perder para o computador do Google

    Um programa concebido pelo Google derrotou novamente nesta quinta-feira (10) o campeão mundial do jogo Go, no segundo dia da disputa de cinco partidas entre o homem e a máquina.

    No dia seguinte de sua primeira vitória contra o mestre sul-coreano da disciplina, Lee Se-Dol, o supercomputador AlphaGo demonstrou, em quatro horas e meia, que seu triunfo anterior não foi devido à sorte.

    DeepMind, a filial do Google que desenvolveu este programa, comparou o jogo Go, inventado há 3.000 anos na China, com "o Everest da inteligência artificial".

    Em outubro passado, o supercomputador havia derrotado por 5-0 o campeão europeu, Fan Hui.

    Os criadores do AlphaGo afirmam que sua criatura, que utiliza algoritmos que permitem aprender com a experiência, está ainda melhor do que em outubro.

    "Estou impressionado com o resultado", admitiu Lee Se-Dol após a primeira partida. "O AlphaGo fez alguns movimentos que nenhum ser humano jamais faria. E isso realmente me surpreendeu", continuou, antes de acrescentar que o computador fechou "perfeitamente" o jogo.

    Em caso de vitória final do AlphaGo, os receios de alguns cientistas e empresários sobre os riscos de inteligência artificial serão reforçados, quando o poder da computação dobra a cada cerca de dois anos. E vai aumentar o entusiasmo daqueles que esperam grandes progressos.

    O GO

    A supremacia do computador já foi demonstrada no xadrez, quando em 1997 o supercomputador Deep Blue da IBM derrotou o então campeão de xadrez, Garry Kasparov.

    Mas os especialistas acreditavam que a máquina teria mais dificuldades no Go, muito mais complexo e com uma enorme quantidade de opções e combinações em relação ao xadrez.

    No jogo chinês, os dois adversários alternadamente colocam seus peões (pedras) pretos e brancos em intersecções de um tabuleiro quadriculado ("goban"). O objetivo é ocupar o maior espaço, bloqueando lentamente os peões do oponente e os capturando.

    O tamanho do tabuleiro (19x19 linhas) oferece inúmeras configurações possíveis –diz-se que mais do que os átomos no universo. O que significa que a intuição e criatividade são essenciais para chegar ao mais alto nível.

    "Estamos muito animados com esse momento histórico e muito, muito felizes com a maneira como o AlphaGo jogou", disse, após o jogo inaugural, Demis Hassabis, presidente-executivo da DeepMind, a empresa que desenvolveu o computador.

    E O ALPHAGO

    A AlphaGo, desenvolvida por Demis Hassabis e colegas na DeepMind, adquirida pelo Google, em Londres utiliza a "aprendizagem profunda" (Deep Learning), método de aprendizagem automático concebido com base em camadas de "neurônios" artificiais que imitam o cérebro humano.

    Se vencer, Lee Sedol levará um prêmio de um milhão de dólares do Google. Se ele perder, a companhia doará o dinheiro para caridade.

    O duelo se estende até o dia 15 de março.

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