Se comparadas a outras ruínas dos povos mexicanos, o sítio arqueológico de Tulum talvez seja até humilde em questões arquitetônicas. Mas sua localização à beira-mar faz com que tudo mude de figura.
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Os maias escolheram o melhor ponto da praia para erguer sua cidade fortificada. Ao chegar no local tem-se a certeza de que os maias prezavam a beleza e gostavam de morar bem.
Historiadores acreditam que a cidade viveu seu período de ouro entre 1200 e 1450. Naquela época, era chamada de Zamá, amanhecer ou manhã no idioma maia. Tinha importância religiosa e era conhecia pelo comércio realizado a partir do mar com outros povos residentes das localidades. Quando os espanhóis chegaram ao local em 1518, ainda era habitada.
Fatalmente, no fim do século 16, foi abandonada, e era visitada apenas eventualmente por outros povos que usavam o local para fazer oferendas. Passou a ser chamada de Tulum, que significa muralha.
Hoje, o local está relativamente bem preservado e os únicos habitantes são iguanas gigantes que agem como se fosse os verdadeiros reis do pedaço.
Isabelle Moreira Lima/Folhapress | ||
Turistas visitam sítio arqueológico da civilização maia localizado às margens do Caribe, em Tulum |
São três muros de sete metros de espessura e de três a cinco de altura que, com o mar no quarto lado, cercam as 60 construções que fazem parte do sítio. Nas mais importantes, há informações em espanhol, inglês e maia, o que pode dispensar a necessidade de um guia.
No ponto mais alto, com a melhor vista para a praia, está o castelo, que também era usado como farol para a orientação dos navegantes maias e como observatório para evitar eventuais ataques.
Por motivos ligados à preservação, não é possível entrar no edifício - ou em nenhuma das construções remanescentes. Em compensação, atrás do castelo há uma escada que leva a uma espécie de "praia particular" onde pode-se aproveitar o mar e a vista das ruínas ao mesmo tempo.
A melhor hora para se visitar este sítio arqueológico é cedo pela manhã ou no fim da tarde. No meio do dia, além do sol forte, ônibus cheios de turistas podem atrapalhar a visita.