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    Gonçalves, no sul de Minas, tem comida roceira e invencionices

    RAFAEL MOSNA
    ENVIADO ESPECIAL A GONÇALVES (MG)

    31/05/2012 07h00

    Torresmos ultrapururucas, carne de porco na lata, bolinhos de arroz e porção de pinhão ao alecrim. Tudo bem servido e em quantidades suficientes para cinco pessoas. Com bebidas, sobremesa e café, R$ 9 cada um.

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    No restaurante da Vilma (0/xx/35/9873-0896), na zona rural de Gonçalves (sul de Minas Gerais), quem preferir também pode se servir diretamente do fogão a lenha -R$ 20, com comida à vontade. Sobre as chamas, ainda estão pratos como tutu, arroz, feijão, mandioquinha desmanchando em pouca água e galinha caipira ao molho --inteira, aos pedaços, com direito a pés e pescoço.

    Nas mesas próximas ao jardim, onde beija-flores ficam enlouquecidos com os minirreservatórios plásticos em forma de flores carregados de água com açúcar, estão presentes turistas e peões locais.

    No caminho da comilança, atente para a bifurcação na estrada de terra com destino ao bairro dos Venâncios. Ambas as direções levam ao restaurante, mas a que indica um caminho mais curto tem subidas bem íngremes, e carros convencionais podem penar antes de chegar ao local.

    Rafael Mosna/Folhapress
    Medalhão suíno ao melaço de cachaça, arroz com pinhão e virado de banana do restaurante Sauá
    Medalhão suíno ao melaço de cachaça, arroz com pinhão e virado de banana do restaurante Sauá

    No centro, a fachada do Kitanda esconde um quintal onde a chef Tanea Romão prepara um menu fixo e bem servido (R$ 44), com comida brasileira acompanhada de chutneys e geleias --e elas não estão lá para serem passadas em uma torrada, mas sim harmonizarem com a comida.

    Entram aí, para acompanhar pães, torresmos, biscoitos de polvilho fritos, bolinhos de arroz e outros, combinações como a de cambuci com cachaça e a de manteiga com geleia de pimenta.

    PARA TURISTA PAGAR

    Ainda no centro da cidade, o novo Rosa Madeira parece um restaurante playboy paulistano --os preços do cardápio, pelo menos, estão quase lá.

    A comida, de toda forma, é bem-feitinha e toda preparada na casa, segundo a atendente. No cardápio, reina o couvert (R$ 16 a porção), com pão crocante de castanha-do-pará, servido no espeto ao lado de "terrine" de queijo de cabra com manjericão, além de requeijão artesanal com curry de banana e pãezinhos.

    Entre os pratos, valem a garfada o risoto de baião de dois (R$ 42) e o (quase) apimentado sorrentine, tipo de macarrão, recheado com costelinha de porco (R$ 45).

    Carolina Daffara/Editoria de Arte

    A 2 km dali, são as massas caseiras o carro-chefe do Nó de Pinho. Lá, quem pedir a cesta de parmesão com "cappelletti" de mozarela de búfala ao molho de shimeji e shiitake (R$ 46) deixará triste todo o resto da mesa --difícil não se arrepender de ter escolhido outro item do menu depois de provar a tal pasta recheada do prato alheio.

    Com uma vista panorâmica da serra da Mantiqueira e mais distante, o restaurante Sauá tem inventivas como o mignon com mostarda de Dijon, pinhão e purê de inhame com arroz (R$ 44) e o medalhão suíno ao melaço de cachaça, arroz com pinhão e virado de banana (R$ 41).

    Antes do fim, espere uns 15 minutos na rede até que fique pronta a torta de maçã (R$ 17) ou, melhor, opte pela banana grelhada com doce de leite e paçoca (R$ 15). Pronto.

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