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    Adeptos da pesca encontram boa infraestrutura na região do rio Guaporé

    PEDRO PAULO CARDOSO
    ESPECIAL PARA A FOLHA

    28/06/2012 03h00

    As imagens contidas nesta página foram clicadas numa região de rara diversidade paisagística e ecológica situada no Estado de Rondônia, na divisa entre o Brasil e a Bolívia, e cortada pelo rio Guaporé.

    Parque Nacional Huanchaca foi criado na Bolívia em 1979
    Veja pacotes, passagens e diárias para explorar o rio Guaporé

    Imenso curso d'água que nasce na Chapada dos Parecis, ainda no Mato Grosso, o rio Guaporé é, após unir-se com o rio Mamoré, um dos formadores do rio Madeira -e tem, ao todo, quase 1.400 km de extensão.

    A região visitada pela Folha fica situada diante do parque nacional boliviano Noel Kempff Mercado (veja texto nesta página) e compreende as cidades brasileiras de Pimenteiras do Oeste e Cabixi, ambas no Estado de Rondônia e na margem direita de quem desce o rio Guaporé.

    Afeitas à aventura, ambas dispõem de infraestrutura para os adeptos da pesca esportiva e para a prática da modalidade "pesque-e-solte".

    Para aqueles que vêm por Vilhena, o ecoturismo se destaca. Até a cidade de Vilhena, é possível ir de avião e seguir 180 km por via terrestre pelas estradas de Rondônia.

    Pedro Paulo Cardoso/Folhapress
    Reflexo da vegetação às margens do rio Guaporé, no Estado de Rondônia
    Reflexo da vegetação às margens do rio Guaporé, no Estado de Rondônia

    Para quem visita essa região pelo lado boliviano, há excursões que têm Santa Cruz de la Sierra como ponto de partida para essa notável aventura de cunho ecológico.

    CORES VIVAS
    Na flora variada, destaca-se a vitória-régia (ou Victoria amazonica), imensa planta flutuante cuja flor nasce branca entre março e julho, e cuja maior folha pode chegar a ter 2,5 m de diâmetro.

    Povos autóctones forjaram lendas sobre a origem da vitória-régia, mas seu nome mais conhecido foi, afinal, dado por botânicos ingleses em homenagem à rainha Vitória (1819-1901).

    Admirada pelos indígenas, essa planta em forma de bandeja tem nomes em guarani (irupé) e, também, em tupi (aguapé).

    PANTANAIS E PLANÍCIES
    Formado por áreas pantanosas e também por planícies, o vale do Guaporé tem extensas áreas que inundam na margem do rio.

    Ali vivem jacarés, tartarugas e uma infinidade de peixes e de aves.

    A rigor, a região faz um elo entre os ecossistemas do pantanal mato-grossense e da Amazônia meridional.

    No lado brasileiro, nos municípios de Cabixi e Pimenteiras do Oeste, pousadinhas rústicas fornecem guias de pesca, piloteiros e estrutura para locação de barcos.

    Pedro Paulo Cardoso/Folhapress
    Exemplares da vitória-régia no rio Guaporé
    Exemplares da vitória-régia no rio Guaporé

    Com o rio alto, adeptos da pesca fisgam jatuaranas, pintados, matrinxãs, pirararas e tambaquis. Na maré baixa, o indomável tucunaré é o peixe mais pescado por lá.

    À esquerda de quem desce o rio Guaporé nessa região, na margem boliviana, o parque nacional Noel Kempff Mercado se estende por uma área de "messetas", planícies elevadas de topo plano com mais de 200 m de altura.

    No interior desse importante parque natural boliviano há cataratas de até 80 metros, e a modalidade de ecoturismo mais frequente é a observação de pássaros (em inglês, "bird watching").

    Tal reserva é protegida por uma guarda composta por 30 "rangers". Os ecoturistas oriundos do lado brasileiro precisam obter autorização dos comandantes do acampamento Flor de Ouro para adentrar as baías e espelhos-d'água, o que é mais fácil de ser conseguido por meio de guias e operadores locais.

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