Ao pé das montanhas de Santa Ynez, a "Rainha das Missões", a igreja mais importante de Santa Barbara (santabarbaraCA.com ), na chamada Riviera Americana, é a única entre as 21 missões católicas existentes ao longo da costa californiana cuja nave tem duas torres.
A soldo da Espanha, explorador deu nome à região em 1542
Domínio espanhol no local terminaria só no século 19
Região congrega artistas, surfistas e amantes de vinhos
Mais do que isso: com aparência original, a fachada da igreja desse conjunto histórico rosado foi desenhada para se parecer com prédios romanos ancestrais.
Construído com adobe -como muitos dos prédios históricos do centro de Santa Barbara-, o local conserva um pátio interno com "jardins sagrados", local onde os índios aprendiam ofícios com os padres franciscanos.
E exibe uma fonte mourisca diante da entrada lateral, assim como uma "lavanderia", cujo nome, escrito assim mesmo, em português, denota que o conjunto seria luso se não fosse hispânico.
Inaugurada em 1786, quatro anos após a fundação de Santa Barbara, essa missão foi danificada por tremores de terra em 1812 e em 1925 para, em seguida, ser reerguida.
Rodeada por 160 km de litoral voltado para o oceano Pacífico, dona de mais de 50 parques naturais e de quase 80 prédios históricos tombados, Santa Barbara tem, diante da costa, a avenida chamada de bulevar Cabrillo.
Diante dele, na confluência da State Street (ou Main Street), o Stearns Wharf é um dos mais belos píeres de madeira da Califórnia.
Curiosamente, apesar do seu estilo colonial espanhol e da beleza de sua costa, Santa Barbara entrou no mapa-múndi do turismo indicada pela jornalista nova-iorquina Charlesa Nordhoff, que, no início do século passado, escreveu artigos falando de suas fontes de água natural.
Silvio Cioffi/Folhapress |
Caranguejo 'dungeness' servido em restaurante local |
Reconstruída, conservou a arquitetura e a atmosfera originais, ganhou palmeiras ao longo dos 8 km de costa margeadas pela avenida Cabrillo.
É na transversal da State Street que estão os restaurantes e bares badalados, o melhor comércio de Santa Barbara e muito do burburinho.
Mas é no Stearns Wharf, o mais velho píer de madeira da costa oeste dos EUA, que a cidade curte o contato com o Pacífico. Ali, além de admirar a natureza marinha, vale escolher um lugar para comer. Entre os restaurantes, o pequeno Santa Barbara Shellfish Company, no fim do píer, talvez seja o menos chique e o mais típico deles.
Tem só um balcão diante do fogão rústico que cozinha caranguejos, mariscos e peixes. Chegar cedo é fundamental, seja no almoço ou no jantar. Os pratos raramente custam mais que US$ 15.