O fotógrafo Paulo Guimarães, autor do 'Álbum de viagem' desta semana, esteve a trabalho em Istambul, na Turquia, em abril de 2010.
Como chegou à cidade um dia antes de começar o evento que foi cobrir, decidiu sair às ruas da antiga capital do Império Bizantino, que era chamada de Constantinopla, para fotografar.
Logo ao lado do hotel onde estava hospedado, Guimarães se deparou com a Mesquita Azul. Ao entrar no local, viu um cartaz que dizia ser proibida a presença de turistas por ali. Mas, como bom curioso que é, ignorou o aviso e foi logo entrando.
Enquanto se deliciava com os detalhes do prédio, viu uma porção grande de homens chegando ao local. Mal sabia ele que se tratava da hora da oração dos muçulmanos.
"Eu não sabia o que iria acontecer, então comecei a imitar tudo o que os homens faziam", contou o fotógrafo à Folha.
E imitou tudo mesmo. As pessoas se curvavam, ele se fazia o mesmo. Viravam a cabeça de um lado para o outro, o fotógrafo fazia o mesmo.
Porém, apesar da graça que viu na cena, Guimarães conta que sabe o quão sério é o ritual da oração para os muçulmanos. E chegou até a se emocionar.
"Entrei sem querer no meio da oração, mas valeu muito a pena. Foi uma das experiências espirituais mais intensas da minha vida."