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    Hiperagitada, Londres esconde paraíso nos Jardins Botânicos de Kew

    RAFAEL GARCIA
    LUCIANA COELHO
    EM LONDRES

    21/05/2015 02h00

    Não há biólogo que não tenha ouvido falar nos Reais Jardins Botânicos de Kew.

    Qualquer pesquisador que busca uma amostra rara de vegetal tem boa chance de encontrá-la no herbário de plantas secas da instituição, que abriga 7 milhões de espécies. Mas mesmo um leigo interessado só em plantas vivas aproveitará a visita ao local, que abriga 30 mil espécies numa área de 121 hectares.

    É impossível não se sentir assoberbado em meio a tanta biodiversidade. Cada árvore em Kew possui uma identificação, e é difícil caminhar pelas alamedas sem incursões laterais para matar a curiosidade sobre as espécies mais estranhas à vista.

    Para quem gosta de plantas, é passeio para mais de um dia (para não fanáticos de qualquer idade, não poderia haver local mais agradável para um picnic e uma caminhada -com direito às vezes a uma atração musical).

    A melhor época para visita, claro, é a primavera do hemisfério norte (março a maio), quando a maioria das plantas está florida.

    Como nem todos os vegetais florescem ao mesmo tempo, a direção de Kew espalha avisos pelo parque indicando quais são as áreas mais floridas naquele dia específico.

    As mesmas dicas são exibidas no outono (setembro a novembro), quando o arboreto que cobre a maior parte do parque começa a adquirir o colorido das folhas secas típico de florestas temperadas.

    Criado no século 18 como um jardim da realeza e transformado em instituição de pesquisa em 1840, Kew possui duas estufas gigantes em estilo vitoriano abrigando plantas de clima tropical.

    A mais velha, Palm House, é uma armação de ferro com 110 metros de comprimento por 20 metros de altura.

    A maior, Temperate House, tem quase o dobro do volume, mas fechou em 2013 para uma obra de restauração que vai até 2018.

    Além das duas mais antigas há ainda uma grande estufa de alta tecnologia, o Princess of Wales Conservatory, que emula no mesmo ambiente diferentes ecossistemas tropicais, do semiárido ao pantanoso.
    Outras estufas menores incluem uma só de bonsais, uma só para vegetais aquáticos e uma só para plantas de clima alpino.

    A variedade de ambientes fechados (há também dois museus botânicos, um palácio e mais uma dezena de prédios) faz com que mesmo num dia chuvoso o passeio se torne interessante.
    No frio, é recomendável levar um casaco fácil de carregar, já que a temperatura em algumas estufas supera os 30°C.

    Em dias abertos, é possível ter uma vista panorâmica de Kew a partir do pagode chinês de 50 metros que fica no sul do parque. Uma passarela suspensa de 18 metros de altura permite ver as copas das árvores no meio do arboreto.

    Para quem tem o dia todo, vale a pena andar um pouco explorando os jardins mesmo sem o mapa O preço da entrada, £ 12,50 (R$ 63), pode espantar o turista mais econômico. Quem encarar a conta, porém, voltará de Londres com a lembrança única de um paraíso em uma das metrópoles mais agitadas do planeta.

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