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    Análise: "Cozinheira mostra o que pensa sobre o comer, inova e suscita felicidade"

    LUIZA FECAROTTA
    EDITORA-ASSISTENTE DE "COMIDA" E "TURISMO"

    26/03/2014 03h00

    Os chefs modernos, escreveu o sociólogo Carlos Alberto Dória, devem apresentar ao público o que pensam sobre o comer, e suas criações devem expressar esse objetivo com fidelidade. O físico-químico Hervé This, avança: diz que a arte culinária depende da criação e da novidade. Pois para Pierre Gargnaire, chef francês, a cozinha dos sonhos deve suscitar felicidade.

    Helena Rizzo, a primeira brasileira a alcançar o posto de melhor chef mulher do mundo, conjuga tudo isso muito bem. Primeiro, porque mostra que é capaz de executar receitas com pleno domínio das técnicas. Tomemos como exemplo as cocções em baixa temperatura ali recorrentes.

    Depois, e não menos importante, sua ousadia em usar ingredientes brasileiros -e sua busca por produtos de primeira linha, garimpados entre pequenos agricultores.

    Helena Rizzo, ao fazer uso da taioba, um vegetal local que "dá em qualquer quintal", como ela mesma diz, do óleo de licuri, extraído da palmeira da caatinga baiana, e do quiabo, que tanto conta a história da cozinha paulista, mostra o quanto está conectada ao terroir brasileiro e à tradição. Com o prêmio, Rizzo dá mais fôlego e visibilidade ao país.

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