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    Morre o escritor e cientista Gil Felippe

    DE SÃO PAULO

    19/08/2014 14h23

    Morreu na madrugada desta terça-feira (19), em São Paulo, o escritor e cientista especializado em fisiologia vegetal Gil Martins Felippe (80). O professor sofria de problemas respiratórios há alguns anos e, recentemente, contraiu uma pneumonia. Foi internado na última segunda-feira (19) no hospital Sepaco, quando seu quadro clínico piorou. O professor não era casado e não tinha filhos.

    Gil Martins Felippe, que nasceu em São Carlos, era PhD em botânica pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, onde trabalhou no Departamento de Botânica entre 1969 e 1974. Foi contratado pela Unicamp em 1974 como professor titular do Departamento de Fisiologia Vegetal, além de orientar teses de mestrado e doutorado. Era professor titular aposentado desde 1991.

    Foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Botânica de São Paulo (1981) e membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.

    Divulgação
    O escritor e cientista Gil Felippe
    O escritor e cientista Gil Felippe

    Escreveu mais de 20 livros, entre eles "O saber do sabor - as plantas nossas de cada dia" (Editora Salamandra), "No Rastro de Afrodite: plantas afrodisíacas e culinária" (Editora Senac), "Amendoim - história, botânica e culinária" (Editora Senac) e "Árvores frutíferas brasileiras" (Editora Sarandi). O último livro publicado de Gil Felippe foi "Cães, gatos e plantas - o veneno ao alcance das patas" (Editora Setembro), em 2012.

    Segundo Dr. Luciano Maurício Esteves, amigo de Gil Felippe há mais de 35 anos e profissional do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, o legado que o professor deixa "tem grande importância, já que produziu muitos trabalhos acadêmicos e, com seus livros, fez um grande trabalho de divulgação da botânica para o grande público".

    Depois de se aposentar como professor, em 1991, Gil Felippe decidiu se reinventar. Passou a escrever livros que abordavam os temas de sua profissão, porém com uma linguagem mais próxima do grande público. Juntou o conhecimento que acumulou nos anos em que atuava como botânico, o gosto pela culinária e traduziu em estórias.

    "Ele tinha a capacidade de pegar uma pessoa que não sabia nada de cozinha e transformá-la num grande cozinheiro", disse o Dr. Luciano Esteves sobre as qualidades de Gil Felippe como professor.

    O velório e cremação do professor Gil Felippe foram realizados no Crematório da Vila Alpina na tarde desta terça-feira (19).

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