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    Drinque que combina suco de tomate e vodca, bloody mary faz 80 anos

    FERNANDA MENEGUETTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    15/10/2014 02h00

    Se não fosse a Revolução Russa (1917), não existiria bloody mary. Pelo menos é o que se conta no lendário Harry's New York Bar, em Paris, onde acredita-se que surgiu esse clássico da coquetelaria.

    Foi lá que o barman Ferdinand Petiot descobriu o suco de tomate enlatado dos imigrantes americanos e a vodca dos russos que fugiam dos bolcheviques –e juntou uma coisa com a outra.

    Eduardo Knapp/Folhapress; Produção: Tatu Damberg/Estúdio Mixirica
    Bloody mary com suco de tomate e de limão, vodca, molho inglês e salsão
    Bloody mary com suco de tomate e de limão, vodca, molho inglês e salsão

    Confira aqui a receita do Bloody kevin, do Ema

    Em 1934, atrás do balcão do King Cole Bar, no hotel The St. Regis New York, Petiot recebeu um pedido, que oficializou o surgimento da bebida, agora com 80 anos: a mistura de tomate e vodca que o cliente experimentara do outro lado do Atlântico.

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    Esta é a primeira notícia que se tem do bloody mary no Novo Mundo. Para comemorar a data, inclusive, a cadeia hoteleira The St. Regis serve versões do drinque em seus hotéis do mundo. O de Londres, por exemplo, serve receita que substitui a vodca pelo defumado uísque single malte dez anos, o Ardbeg. Já o de Bancoc festeja com um toque de coentro e outro de capim-limão. O hotel de Nova York faz o tradicional red snapper, ou "balde de sangue".

    Aqui entra a questão do nome da bebida, que só foi firmada nos anos 1940. Até então, ora era "coquetel de suco de tomate", ora "balde de sangue" –aparentemente, "bloody mary", ou "maria sangrenta", era agressivo com a rainha da Inglaterra.

    O uso de temperos também foi questão de tempo, mas até hoje a sua versatilidade torna o drinque atraente a bartenders e chefs: vale infusionar a vodca com pimentas, dill, cominho e outras especiarias, dá para substituir o molho inglês por shoyu, o sal comum por sal de aipo, e o tomate italiano por tomate-cereja.

    No restaurante Ema, em São Paulo, a chef Renata Vanzetto chama seu coquetel predileto de "bloody ane" (suco de tomate, limão, vodca e Tabasco, R$ 23) e "bloody kevin" (que leva ainda tomate sweet grape e tomilho, R$ 23).

    ONDE PROVAR

    Ema
    R. da Consolação, 2.902, Jardins, tel. (11) 3081-8358

    Isola
    Shopping JK Iguatemi. Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, tel. (11) 3168-1333

    Lasai
    R. Conde de Irajá, 191, Botafogo, Rio, tel. (21) 3449-1834

    Miya
    R. Fradique Coutinho, 47, Pinheiros, tel. (11) 2359-8760

    Paribar
    Pç. Dom José Gaspar, 42, República, tel. (11) 3237-0771

    PJ Clarke's
    R. Dr. Mário Ferraz, 568, Itaim Bibi, tel. (11) 3078-2965

    Suri
    R. Mateus Grou, 488, Pinheiros, tel. (11) 3034-1763

    Tigre Cego
    R. Girassol, 654, Vila Madalena, tel. (11) 3586-8370

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