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    Fogo de Chão ganha direito de pedir visto para chef trabalhar nos EUA

    DE SÃO PAULO

    28/10/2014 08h00

    A rede Fogo de Chão trava, na justiça dos Estados Unidos, uma luta para salvaguardar a tradição do churrasco tipicamente gaúcho naquele país; no último dia 14, ganhou uma batalha.

    Desde 1997, quando inaugurou sua primeira unidade em território americano, em Dallas –hoje já são 19–, a rede brasileira leva daqui seus chefs-churrasqueiros para comandar as operações.

    Os vistos para esses profissionais eram geralmente concedidos dentro da categoria L-1, que permite às empresas contratar profissionais estrangeiros com "conhecimentos especializados" para trabalhar nos Estados Unidos.

    Em 2010, porém, o Departamento de Segurança Interna, órgão do governo americano responsável pela imigração, negou o L-1 a um brasileiro especialista em assar e servir o churrasco gaúcho, alegando que ele não preenchia os requisitos necessários para obtenção desse tipo de visto de trabalho.

    Divulgação
    Fogo de Chão foi eleita pelo público a melhor churrascaria de 2013, segundo o Datafolha
    Fogo de Chão foi eleita pelo público a melhor churrascaria de 2013, segundo o Datafolha

    A Fogo de Chão entrou, então, com uma ação na justiça de Washington em favor do churrasqueiro. E, há duas semanas, a corte decidiu que o governo americano não avaliou corretamente o pedido de visto.

    A juíza considerou que o profissional havia completado o treinamento de preparação no Brasil e que ele possuía, sim, qualificações que preservavam a tradição da cultura do churrasco gaúcho.

    Segundo Jandir Dalberto, presidente de operações da rede no Brasil, a contratação de profissionais brasileiros para trabalhar nos EUA é essencial.

    "Para preservar a cultura e a tradição do autêntico churrasco gaúcho, a rede prefere treinar seus funcionários no Brasil, para adquirir a experiência desejada. Para atuar fora do país, a Fogo de Chão recomenda pelo menos dois anos de atuação na rede e cinco anos de atuação em redes de churrascarias", disse.

    O chef, que não teve seu nome revelado, aguarda agora uma nova análise do órgão americano de imigração para obter o visto de trabalho, embarcar para os Estados Unidos e começar a assar carnes.

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