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    Restaurante Milanino tem almoço como melhor pedida

    JOSIMAR MELO
    CRÍTICO DA FOLHA

    19/11/2014 02h00

    A família do Dinho's está fazendo nova tentativa no ponto que vem tocando, sob diferentes nomes, no Itaim Bibi. É daqueles lugares em que todas as apostas têm sido interessantes, mas, por um ou outro motivo, não vingaram. A nova empreitada é o Milanino, que, como as anteriores, tem seus méritos.

    Desta vez, não se trata de carnes (antes chamava-se Dinho's Steak House, uma simpática versão, digamos, "prêt-à-porter", da casa-mãe). Agora, três gerações da família (o patriarca é Fuad Zegaib, o Dinho, 81) se juntaram para tocar um negócio à italiana –ainda que em versão soft.

    A operação está a cargo do filho, Paulo Zegaib, 48, que nos últimos 20 anos tocou negócios de sucesso, como dono ou sócio de lugares como Rose Bif, Cabral, Casa Pizza e o grupo Sirena.

    Desta vez, tem a seu lado a sobrinha Milena Maggi, 24, que estudou relações-públicas em Milão e daí tirou a inspiração para o restaurante.

    Karime Xavier/Folhapress
    Espaguete à carbonara, com ovo, parmesão e bacon do restaurante Milanino da família do Dinho's
    Espaguete à carbonara, com ovo, parmesão e bacon do restaurante Milanino da família do Dinho's

    A ideia é que a casa tenha também um pique de bar, com investimento na happy hour (o primeiro drinque vem acompanhado de petiscos de cortesia), uma boa carta de coquetéis e vários petiscos para compartilhar.

    Mas, conhecendo um pouco São Paulo, a tendência é que as pessoas procurem mais o Milanino pelas refeições. O almoço é uma boa pedida: por um preço fixo, está disponível um bufê de saladas, um bom grelhado (chance de pedir o skirt beef, corte saboroso e de bom preço) e quatro acompanhamentos (massas e risotos) que passam como rodízio.

    À noite há petiscos (como minihambúrguer em pão de leite) e pizzas –a margherita, decepcionante; mesmo com pouco movimento, veio fria.

    Dado o pedigree da casa, o Milanino não decepciona na bisteca à fiorentina com batata rústica, para duas pessoas; mas, sim, no ossobuco (até engraçado: ao ver que 80% da peça tinha ficado no prato, o garçom perguntou se ela não tinha agradado, até perceber que, na verdade, o que tinha sobrado era o enorme osso, já extirpado da fina franja de carne).

    Melhor pedir o brasato (carne de panela ao molho de vinho) com purê de batata.

    As massas vêm com a simpática opção de meia porção, o que possibilita que sejam pedidas como entrada –caso do correto espaguete à carbonara (com ovo, parmesão e bacon) e do ravióli de mozarela de búfala ao sugo.

    Entre as sobremesas, o tiramisù não entusiasma, mas tampouco decepciona. Com mais açúcar, a opção são os minichurros assados com doce de leite.

    MILANINO - regular
    Endereço r. Jerônimo da Veiga, 153, Itaim Bibi, região oeste; tel. (11) 3079-1049
    Horário seg., 12h às 15h; ter. a sex., 12h às 15h e 18h às 24h; sáb., 12h às 24h; dom., 12h às 17h
    Ambiente comprido, com parede de pedra que até fica melhor num restaurante italiano que antes
    Serviço rápido, sem atribulações
    Vinhos italianos, divididos por estilos (não região); boa oferta em taça
    Preços entradas, de R$ 15 a R$ 55 (para dividir); pratos, de R$ 37 a R$ 150 (duas pessoas); sobremesas, de R$ 10 a R$ 19

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