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    Chefs-mirins de receitas saudáveis fazem almoço para Obama

    JENNIFER STEINHAUER
    DO "NEW YORK TIMES"

    17/07/2015 02h00

    Uma editora de comida experiente teve, há quatro anos, uma ideia que pensou poder prender a atenção de Michelle Obama, a "nutricionista da nação", que tem gastado boa parte de seu período como primeira-dama tentando encorajar as crianças americanas a comer alimentos mais saudáveis.

    Que tal um concurso de receitas saudáveis para os estudantes, com o vencedor ganhando um "jantar oficial" com alguns de seus pratos? A ideia veio de Tanya Steel, executiva-chefe da Cooking Up Big Dreams, uma empresa que cria vídeos e programas de TV culinários.

    "O Desafio da Hora do Almoço Saudável" ("The Healthy Lunchtime Challenge", em inglês) pegou, e o resultado reflete uma mudança nas tendências de alimentação, que se espalhou pelos Estados Unidos.

    Doug Mills/The New York Times
    Obama recebeu crianças que cozinham na Casa Branca
    Obama recebeu crianças que cozinham na Casa Branca

    Estão dentro: quinoa, grão-de-bico, sabores indianos e japoneses, couve-de-bruxelas, brócolis e couve-flor. Ficaram de fora: iogurte grego, alimentos embalados e carne vermelha. Peru foi a proteína magra escolhida. Alimentos sem glúten estão em alta. Couve-de-folhas? Ela não vai embora.

    Na sexta-feira passada (10), vencedores de cada estado, de Washington DC e dos quatro territórios dos EUA, se encontraram com Barack Obama e outras autoridades para almoçar na Casa Branca e visitar a sua horta.

    Os ganhadores foram escolhidos entre quase mil crianças entre 8 e 12 anos, desafiadas a criar deliciosas receitas originais, com preço acessível e que estivessem dentro dos critérios nutricionais estabelecidos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O departamento foi um dos jurados que avaliaram os pratos finalistas no último mês, em Washington.

    "Para alguns de vocês, cozinhar é uma maneira de se ligar às suas famílias e reviver memórias felizes", disse Obama no almoço, onde tomates-cereja e couves-de-bruxelas foram os ingredientes principais na mesa das crianças.

    Assim como escritores culinários, muitas crianças procuraram nas experiências familiares a apresentação de suas receitas, comentando sua herança étnica e as horas que passaram na cozinha com seus pais, avós, tias e tios. Gracie Giles, 9, de Guam, veio com um "Y'obama Yakissoba", um prato de macarrão japonês inspirado no pai, que nasceu no Japão.

    Problemas de saúde das crianças e das famílias também tiveram destaque. Abigail Horne, 8, de Indiana, criou o "Little Man Lunch", substituindo pão por banana-da-terra, "porque meu irmão menor tem alergia a trigo", escreveu.

    Outras crianças estavam preocupadas com a diabetes ou com a luta dos pais contra outros problemas de saúde. Assim surgiu o "Caribbean Delight", uma mistura de frutas tropicais e queijo no pão sírio, feito por Bobby Sena, 12, da Flórida, para a mãe, que tem colesterol alto.

    "Ele fez isso como presente de Dia das Mães para mim", disse Marybelle Doe sobre o filho, que tem futebol americano e jardinagem como hobbies, mas cozinha pouco. "Ele não cozinha nada muito elaborado. Ele fez uma salada de rúcula", afirmou.

    Pelas regras, ela não podia ser envolver no desenvolvimento das receitas. "A única coisa que eu fiz foi provar."

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