• Comida

    Tuesday, 07-May-2024 03:49:43 -03

    Itália descobre azeite de oliva sendo vendido como extravirgem

    DA ANSA
    DE SÃO PAULO

    11/11/2015 10h00

    Marcelo del Pozo-21.set.2012/Reuters
    Garrafas de azeite são alinhadas em uma fábrica, em Dos Hermanas (Espanha). *** ORG XMIT: MDP12 Bottles of olive oil are lined in a factory in Dos Hermanas, near the Andalusian capital of Seville September 21, 2012. Analysts and producers say the harvest in the world's largest olive oil producing country could well be half or less of what it was last year thanks to a harsh winter and drought that has shrivelled production, that has caused prices to spike, with consumers expected to pay more for the 'green gold' in coming months as supermarkets jack up prices. Picture taken September 21, 2012. REUTERS/Marcelo del Pozo (SPAIN - Tags: ENVIRONMENT BUSINESS SOCIETY FOOD)
    Garrafas de azeite em fábrica na Europa

    Foi descoberta uma fraude no ramo dos azeites italianos. De acordo com os resultados de uma investigação da polícia do país, sete grandes marcas do produto estavam vendendo azeite de oliva comum como extravirgem.

    Comandado pelo procurador Raffaele Guariniello, o inquérito consistiu na realização de testes físicos, químicos e biológicos de frascos do óleo de diversas companhias. Dessas, sete falsificavam em seus rótulos a informação de que o produto era somente azeite de oliva –mais inferior e, por isso, de custo mais baixo–, e não extravirgem –mais sofisticado e mais caro.

    As empresas envolvidas são: Primadonna, Bertolli, Santa Sabina, Sasso, Coricelli, Antica Badia e Carapelli.

    No Brasil, podem ser encontrados nas prateleiras de mercados exemplares das marcas Bertolli, Coricelli e Carapelli.

    As investigações começaram após a publicação mensal "Il Test" ter enviado informações diretamente a Guariniello. "Vamos seguir com atenção a evolução do inquérito de Turim porque é fundamental proteger um setor estratégico como o do azeite de oliva italiano", afirmou o ministro de Políticas Agrícolas do país, Maurizio Martina.

    "Há meses reforçamos o controle, principalmente em relação à última safra de azeite, que foi uma das mais complicadas dos últimos anos. Em 2014, realizamos mais de 6.000 controles no setor, com apreensões de € 10 milhões", explicou.

    Martina concluiu dizendo que "é importante agora ter clareza para proteger os consumidores e milhares de empresas honestas empenhadas atualmente no novo ano de produção".

    OUTRO LADO

    Os fabricantes, ouvidos pela revista "Il Test", questionaram os métodos da pesquisa.

    O grupo Colavita, do Santa Sabina, afirmou ter realizado testes no mesmo lote analisado pela revista, nos quais confirmou "a regularidade do produto" e disse que eventuais alterações organolépticas, atribuídas à mistura de olivas italianas e espanholas, deveriam ser consideradas "características de origem", não "defeitos".

    A Coricelli disse desconhecer "qualquer problemática" em seus produtos.

    A Carapelli, responsável pelos azeites Carapelli, Bertolli e Sasso, se disse surpresa com os resultados e reafirmou que testes internos e da organização nacional de testadores não identificaram alterações nas amostras.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024