O Dadinho, aquele docinho feito de amendoim, começou a ser vendido pela primeira vez em um formato que não o de cubinho. Seguindo os passos da rival Paçoquita, que dois anos atrás gerou comoção com sua versão cremosa, o produto também ganhou uma versão vendida em potinhos para ser passada no pão.

O doce começou a ser distribuído para atacadistas há cerca de duas semanas (preço sugerido de R$ 5,50, por 180 g), e deve chegar gradualmente aos pontos de venda para os consumidores finais nos próximos dias, segundo a Doce Sabor, a atual fabricante –o produto foi lançado há 62 anos, em 1954, com o nome IV Centenário, uma homenagem aos 400 anos de São Paulo, comemorados naquele ano (a embalagem ainda exibe essa marca, ao lado do nome Dadinho, adotado depois).

"É um produto de textura bem cremosa, como de requeijão", conta Anderson Siqueira, gerente de marketing da Doce Sabor. Ele explica que a empresa fez investimentos em máquinas para mudar a forma de refino do produto e adaptá-lo à nova versão.

Ele nega, entretanto, que a estratégia seja copiar a transformação da Paçoquita. "Não a considero uma concorrente. É como se fosse um irmão", afirma ele. "Apesar de os dois serem feitos de amendoim, a Paçoquita é mais crocante, como a paçoca, e tem um pouco de sal. O Dadinho tem mais cremosidade."

O que a Doce Sabor está tentando fazer é aumentar a presença da marca, responsável por 60% de seu faturamento, no mercado. O Dadinho vai virar também biscoito wafer em pacote de 130 g e de 26 g –este, para o lanche da escola– e bombom (um wafer recheado com o doce de amendoim e cobertura de chocolate).