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    Produtos em festival vão da exótica flor de sal a reinvenções do trivial caju

    MARÍLIA MIRAGAIA
    DE SÃO PAULO

    25/06/2016 18h13 - Atualizado às 18h57

    Parte do projeto que culmina no festival Fartura consiste em garimpar ingredientes e preparos que são referência cultural, parte da identidade local e motor da economia de famílias; no Fartura, eles estão a venda por valores que vão de R$ 3 a R$ 98.

    Um desses produtos curiosos, comum em países europeus como a França, é a flor de sal. A produção brasileira dessa especiaria começa agora a ganhar relevância no mercado.

    Parte desse movimento, a Cimsal uma indústria salineira potiguar mostra no Fartura seu produto, que vem diretamente de Mossoró, no Rio Grande do Norte. "Ganhamos a oportunidade de mostrar nosso produto", diz Roberto de Freitas, gerente da marca.

    O engenheiro Marcos Mariotto e a terapeuta Silvana Mariotto estão familiarizados com o produto italiano e, pela primeira vez vão experimentar a versão nacional. "É um produto mais saudável, com menos sódio e brasileiro", diz Marcos.

    A flor de sal nada mais é do que a primeira camada, muito delicada, que se forma depois que a água do mar armazenada em tanques na salina evapora. O beneficiamento é todo manual, sem qualquer uso de máquinas.

    "Ela é muito sensível, pode se desfazer se não for bem manipulada", diz Freitas. O sabor do produto lembra muito o do mar, já que ele possui uma alta concentração de minerais, mas tem menos poder de salga. Por isso, é utilizado normalmente na finalização de pratos.

    CAJU

    Já outro produto, mais trivial, impressiona pela variedade. Imagine 400 produtos à base de caju. Se você não consegue, então vá ao estande da Cajuespi (Cooperativa dos Produtores de Cajuína do Piauí), conversar com Leonildo Lima.

    Entusiasta da fruta, ele criou produtos como a cachaça de caju, o mel de caju (uma espécie de melado) e uma cerveja com ela. Apesar do portfólio grande, a marca só consegue produzir 14 das 400 receitas que tem.

    Entre elas, tem até um espumante, "que já esta no mercado em Teresina", diz. Victor Serrano Pereira experimentou e comprou uma cachaça. "Tem um gosto muito legítimo da fruta e só depois desse sabor você sente o álcool. É muito gostoso", diz.

    Apesar da variedade, o destaque da produção da Cajuespi é a cajuina, com 420 mil unidades ano passado, feitos com caju oriundos de 2.700 famílias de pequenos produtores.

    Espécie de refresco de caju, é feito do suco decantado, coado e cozido em banho-maria. "Para ser bom não se deve acrescentar açúcar ou outro ingrediente. É o suco da fruta puro", diz Lenildo.

    A programação do Fartura pode ser vista no site do festival –no qual também há um link para a compra de ingressos.

    Chamada Especial Fartura

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