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    Carne de tartaruga e bolacha holandesa fazem sucesso no Fartura

    CAROLINA MUNIZ
    MARÍLIA MIRAGAIA
    DE SÃO PAULO

    26/06/2016 16h19 - Atualizado às 17h57

    No segundo dia do Festival Fartura, o público pôde provar uma iguaria pouco comum no Sudeste: a carne de tartaruga.

    Picado na ponta da faca, o peito do animal foi servido com farofa. A receita é da cozinheira Solange Sussuarana, 63, que comanda o restaurante Café Aymoré, em Macapá (AP).

    A palestra da chef despertou a curiosidade do público. Quem não conseguiu lugar na plateia, com 40 lugares, observou do lado de fora a preparação da receita. "Fiquei interessada porque é uma carne muito exótica. É uma pena que não vou conseguir experimentar daqui", diz a médica Claudini Cerqueira, 33.

    Na plateia, um dos mais interessados era Eduardo Prado, 14, ex-participante do programa Master Chef Junior. Ele subiu ao palco duas vezes para fazer perguntas sobre o preparo e olhar o cozimento da carne na panela.

    "O sabor da tartaruga é único, nunca comi nada igual", afirma o menino. "Achei gostoso e muito bem temperado."

    Eduardo conta que vai tentar reproduzir a receita em casa. Até pegou o cartão de Solange para esclarecer as dúvidas por e-mail. Se não conseguir encontrar a carne de tartaruga em São Paulo, diz que vai encomendá-la ao mesmo fornecedor da chef, que fica em Goiás.

    "A receptividade superou as minhas expectativas", diz Solange. "Como a tartaruga é um animal de estimação, fiquei com medo de que as pessoas não gostassem."

    Para ela, estar no Fartura é uma oportunidade de divulgar a cultura da sua região. "É maravilhoso quando a gente vem de um lugar tão distante e está no mesmo nível de profissionais que já têm um nome consolidado."

    BOLACHA HOLANDESA

    Uma bolachinha de waffle recheada de caramelo saiu das ruas da Holanda e veio direto para as tendas do Festival Fartura. É o carro-chefe das bolachas Jonker, feitas em Palmeira, no Paraná, pela família de Henrique Jonker, que vendeu cerca de mil pacotinhos desse e de outros doces.

    A produção dos Jonker começou ha 40 anos e segue as receitas do pai, um padeiro formado na Holanda que resolveu trocar a Europa pelo Brasil no período que se seguiu à 2ª Guerra Mundial.

    A receita do waffle recheado é, porém, mais recente e fruto de viagens de pesquisa que Henrique fez à terra do pai. "Fui duas vezes para lá até acertar a receita. É igualzinha à servida em feiras de rua da Holanda", diz

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