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    Fumo entre mulheres cai 42% em 32 anos

    DE SÃO PAULO

    08/01/2014 02h50

    Um estudo publicado hoje no "Jama", revista científica da Associação Médica Americana, avaliou a prevalência do tabagismo em 187 países entre os anos de 1980 e 2012.

    A redução do número de fumantes foi expressiva nesse período, em especial entre 1996 e 2006, quando a taxa anual de queda do tabagismo foi mais alta.

    Nos 32 anos englobados pelo estudo, patrocinado pela Fundação Bill e Melinda Gates e pelo Estado de Washington, a parcela de homens fumantes caiu de 41% para 31%; a de mulheres foi reduzida de 10,6% para 6,2%.

    A pesquisa encontrou três fases nessa redução do tabagismo: um progresso só modesto entre 1980 e 1996, uma aceleração nos dez anos seguintes e uma queda mais lenta de 2006 a 2012, com uma aparente alta da fatia de fumantes entre homens a partir de 2010.

    Essa desaceleração na redução das taxas de fumantes pode ser explicada, em parte, pelo aumento do número de fumantes a partir de 2006 em países grandes como Bangladesh, China, Indonésia e Rússia.

    No Brasil, dados da pesquisa telefônica Vigitel, do Ministério da Saúde, mostram queda de 20% na proporção de fumantes no país entre 2006 e 2011, quando 14,8% dos brasileiros fumavam.

    A maior redução tem sido entre os homens, e a população com menos anos de escolaridade é a que mais fuma por aqui: o percentual chega a 18,8% entre os brasileiros com até oito anos de escolaridade e cai para 10% entre os que têm 12 anos ou mais de estudos.

    Ainda que o percentual de fumantes no mundo tenha caído, o aumento da população com mais de 15 anos de idade fez o número absoluto de homens e mulheres que fumam diariamente crescer.

    Em 1980, o mundo tinha 721 milhões de fumantes; em 2012, já eram 967 milhões.

    Nesses 32 anos, o número de cigarros consumidos por ano aumentou 26%.

    "Ainda que muitos países tenham implementado políticas de controle, esforços intensivos são particularmente necessários em países onde o percentual de fumantes ainda está aumentando", escreveram os autores.

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