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    Brasil é elogiado por programa de combate a doenças negligenciadas

    RODRIGO VIZEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

    03/04/2014 02h51

    O programa brasileiro de combate às chamadas doenças negligenciadas foi elogiado ontem em Paris por um grupo internacional formado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), empresas farmacêuticas, governos e doadores.

    Entre os principais benfeitores está o bilionário Bill Gates, que discursou no evento e cobrou mais engajamento do mundo para a causa. O plano do grupo é eliminar dez dessas doenças até 2020.

    As doenças negligenciadas, como hanseníase e doença de Chagas, atingem uma em cada seis pessoas do planeta, quase sempre pobres, e são alvo de pouco interesse de governos e de farmacêuticas. O Brasil lidera a incidência delas nas Américas.

    Apesar de subestimadas por muito tempo, diz o relatório divulgado, desde 2011 o assunto é tratado como prioridade pelo governo brasileiro ao ser incluído no combate à pobreza extrema.

    A coordenadora do Ministério da Saúde para a área, Rosa Soares, apresentou o caso brasileiro e foi parabenizada pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

    Soares disse acreditar que o Brasil se destaca pela decisão "inovadora" de integrar o tratamento de várias doenças de uma vez. "Deu certo, uma catalisou a atenção da outra", disse.

    Ao lado de China e Índia, o país foi chamado de "ator chave" por conseguir pagar por seus programas. "Esses países estão financiando a maioria de seus custos com recursos domésticos, permitindo à comunidade global focar na necessidade dos países de menor renda."

    Soares disse que o sucesso brasileiro na área mostra que o país também pode ajudar outras nações. O país poderia começar, disse, apoiando vizinhos como Bolívia, Paraguai e Colômbia, onde há populações fronteiriças com alta incidência das doenças, o que representa risco para o Brasil.

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