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    "A danada da dor tira meu ânimo", diz aposentado

    MARIANA VERSOLATO
    EDITORA-ASSISTENTE DE CIÊNCIA+SAÚDE

    13/04/2014 02h49

    Herton Gloeden, 90, de São Paulo, diz que já tentou de tudo, mas a "danada" da dor, com a qual convive há cinco anos, não desaparece.

    O problema surgiu após ele ter tido herpes zóster –as lesões na pele foram embora, mas a dor ficou e se tornou crônica. É a chamada neuralgia pós-herpética, uma das complicações que podem ser causadas pelo zóster.

    "Sinto pontadas na parte direita do corpo. A dor é quase contínua. Para dormir é muito ruim, porque a dor aparece e eu acordo. Ela tira a minha satisfação, tira o ânimo da gente", conta.
    Quanto maior a idade, maior o risco de ter a neuralgia pós-herpética –cerca de 50% das pessoas com mais de 80 anos que têm o zóster desenvolvem a complicação.

    Karime Xavier/Folhapress
    Herton Gloeden, 90, sofre de dores crônicas devido ao herpes zóster, em sua casa, em São Paulo
    Herton Gloeden, 90, sofre de dores crônicas devido ao herpes zóster, em sua casa, em São Paulo

    A doença é mais comum depois dos 60 anos, mas pode aparecer em pessoas mais novas. Em geral, é desencadeada por algo que provoca a queda da imunidade, como grande carga de estresse.

    Foi o que aconteceu com a analista de sistemas Valéria Marques, 44, que teve herpes zóster recentemente.

    "Venho passando por momentos delicados no trabalho e ainda vivo fazendo regime", diz. Ela notou que pequenas lesões começaram a aparecer em sua cabeça –depois surgiram no pescoço e no ombro. "Quando as bolinhas surgiram na orelha, doíam e queimavam muito."

    Ela ficou internada por sete dias para tomar medicamentos –na fase aguda, podem ser indicados antivirais e corticoides.

    Quanto mais cedo o tratamento começar, menores são as chances de a pessoa ter neuralgia pós-herpética. Nessa fase, são usados basicamente remédios contra a dor.

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