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    Ministério da Saúde avaliará estudo que contesta eficácia do Tamiflu

    DE SÃO PAULO

    12/04/2014 15h24

    O Ministério da Saúde do Brasil afirmou que irá fazer uma avaliação "em profundidade" de um estudo divulgado na última quinta-feira que contesta a eficácia do medicamento Tamiflu (oseltamivir) contra a gripe.

    Segundo o trabalho, não há evidência de que o Tamiflu seja eficaz contra o vírus H1N1. O máximo que ele faria, diz o documento, seria reduzir a duração da enfermidade de 7 para 6,3 dias. Já os efeitos colaterais seriam amplos, com náuseas, vômitos e, em casos mais raros, problemas renais e psicológicos

    O ministério afirma que irá avaliar, além do estudo em questão, outros que possam ser desenvolvidos para para "garantir sempre que as condutas preconizadas estejam baseadas nos mais sólidos conhecimentos científicos disponíveis".

    A pasta, no entanto, reiterou em nota a indicação do medicamento para o tratamento de casos graves e de pessoas com fatores de risco.

    "Essa indicação se baseia em estudos clínicos e respaldada por recomendações de instituições de referência, como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos."

    O ministério afirmou ainda que "estudos realizados no Brasil têm confirmado a importância da administração do oseltamivir, rapidamente, nas situações indicadas como medida capaz de reduzir complicações e mortes decorrentes da influenza".

    POLÊMICA
    Dúvidas a respeito da eficácia do Tamiflu não são novidade entre os cientistas, que vinham pressionando por mais detalhes dos testes clínicos realizados pela fabricante, a Roche.

    O trabalho desta semana é resultado de uma campanha pela liberação dessas informações . O estudo, publicado no "British Medical Journal", foi elaborado pela Cochrane Collaboration, um grupo de cientistas que investiga a efetividade de remédios no mundo, e é um dos mais abrangentes a contestar alguns dos benefícios do remédio.

    A OMS (organização Mundial da Saúde), no entanto, mantém a recomendação da droga antigripal.

    Em 2009, quando houve um surto mundial de H1N1, também conhecido como gripe suína, a OMS recomendou que os países estocassem o medicamento. Só no Reino Unido, foram gastos 560 milhões de Libras com o medicamento.


    Com informações do "Guardian"

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