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    Rede vai rastrear casos de colesterol alto familiar em São Paulo

    MONIQUE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    02/10/2014 02h00

    O paciente chega ao hospital infartado, recebe tratamento e vai para casa. Sua família, porém, pode estar trilhando silenciosamente o mesmo caminho sem a devida orientação.

    O motivo é o colesterol alto hereditário, a hipercolesterolemia familiar, doença na qual a falta de prevenção faz com que o infarto se dê em cascata em pais e filhos.

    No Brasil, menos de 1% dos doentes são diagnosticados. E é esse cenário que o Instituto do Coração (Incor) quer mudar com um projeto estadual de rastreamento da condição com início previsto em junho de 2015.

    "O maior erro da prevenção de problemas cardiovasculares no mundo é não acompanhar a família dos doentes", explica Raul Santos, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemia do Incor.

    O médico é o idealizador do Hipercol Brasil, projeto que já faz a identificação e tratamento da hipercolesterolemia familiar. A ação, até agora restrita ao InCor e alguns parceiros, conseguiu identificar mil pacientes, o que é pouco perto da prevalência, de 1 doente para cada 200 mil pessoas.

    A ideia, assim, é ampliar a rede de diagnóstico e de pesquisa. Primeiro, a PUC de Campinas, a Unifesp e a Santa Casa de São Paulo integrarão a rede, que terá verba da Secretaria Estadual de Saúde, por meio de um repasse de um programa de doenças raras do governo federal.

    Além do acompanhamento de doentes, pesquisas para análise de subtipos genéticos da hipercolesterolemia e outras particularidades da doença serão encabeçadas pelo projeto.

    Os médicos não sabem, por exemplo, a razão pela qual uma pequena parcela desses doentes não manifesta problemas cardíacos.

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