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    Anvisa quer embalagem de cigarro com advertência na parte frontal

    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    05/03/2015 18h39

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) propôs nesta quinta-feira (5) um novo modelo para a embalagem de cigarro e outros derivados do tabaco, com advertências sobre os riscos de fumar também na parte da frente da caixa.

    Divulgação
    Novo modelo de maço de cigarro proposto pela Anvisa
    Novo modelo de maço de cigarro proposto pela Anvisa

    Pela proposta, cerca de 30% da parte frontal das embalagens ganharia a frase: "Esse produto causa câncer. Pare de fumar, disque 136". A ideia é que a mensagem, disposta logo abaixo da marca do produto, seja escrita em letras brancas, dentro de um fundo preto.

    A alteração na embalagem já estava prevista no decreto que regulamenta a lei federal antifumo, que entrou em vigor em dezembro. Faltava, no entanto, definir como seria a mensagem.

    Após apresentarem a proposta, diretores da Anvisa aprovaram a realização de uma consulta pública para receber novas sugestões. A consulta, que inicia nesta sexta-feira (6), estará disponível no site do órgão por dez dias.

    As novas embalagens seriam obrigatórias a partir do dia 1º de janeiro de 2016.

    REIVINDICAÇÃO

    A ampliação das advertências sobre os riscos do cigarro é uma antiga reivindicação de associações de controle do tabagismo. Hoje, as embalagens devem apresentar, obrigatoriamente, alertas sobre os impactos do tabagismo na parte de trás das embalagens e em uma das laterais.

    O problema, segundo as associações, é que apenas a parte da frente das embalagens, que não tinha advertências, costuma estar visível nos pontos de venda -o que, mesmo com restrições, facilita a propaganda do produto.

    Além do novo modelo de advertência na embalagem, a Anvisa pretende realizar um estudo para substituir as imagens que constam na parte de trás do maço de cigarros. A avaliação é que as atuais já são conhecidas do público e, assim, podem ter menos impacto.

    MAÇO GENÉRICO

    No ano passado, o órgão também chegou a fazer estudos de um modelo de maço de cigarros genérico, com uma cor única, sem elementos gráficos ou decorativos, tampouco textura ou relevo.

    A proposta previa ainda uma embalagem coberta por imagens e frases de advertência na maior parte da superfície.

    A sugestão, no entanto, não chegou a ser enviada ao Congresso –medida necessária para que a alteração pudesse ir adiante.

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