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    BBC

    Sobreviventes do ebola apresentam sequelas a longo prazo

    DA BBC BRASIL

    25/02/2016 18h05

    Abbas Dulleh - 4.set.2014/Associated Press
    FILE - This is a Thursday, Sept. 4, 2014 file photo of a health worker, right, as he sprays a man with disinfectant chemicals as he is suspected of dying due to the Ebola virus as people, rear, look on in Monrovia, Liberia The World Health Organization on Thursday Jan. 14, 2016 declared an end to the Ebola virus outbreak in West Africa after no new cases emerged in Liberia, while cautioning that the world cannot yet be fully declared free of the disease that claimed more than 11,300 lives during a two-year outbreak. (AP Photo/Abbas Dulleh, File) ORG XMIT: LON104
    Funcionário da área de saúde desinfecta homem moribundo vítima do ebola em Monróvia, na Libéria

    A mais recente epidemia de ebola matou mais de 11 mil pessoas na África. Outras 17 mil pessoas foram infectadas, mas conseguiram sobreviver.

    A maioria parte dos sobreviventes, porém, ainda sofre sequelas da doença. Entre os sintomas que surgem seis meses após a alta hospitalar estão fraqueza, perda de memória e depressão.

    Um estudo apresentado no encontro anual da Academia de Neurologia nos Estados Unidos, feito com 82 sobreviventes de ebola, apontou que a maioria deles apresentou graves problemas neurológicos no auge da infecção, como meningite, alucinações e até entraram em coma.

    Seis meses depois, mais problemas começaram a se desenvolver. Dois a cada três pacientes tiveram sintomas como fraqueza no corpo, dores de cabeça frequentes e depressão. Metade dos sobreviventes também foi diagnosticada com perda de memória.

    Outros foram considerados "ativamente suicidas" ou ainda sofriam de alucinações.

    "Para essas pessoas o ebola não acabou", disse à BBC a médica Lauren Bowen, do Instituto de Distúrbios Neurológicos e Derrames dos EUA.

    Isso porque a infecção devasta o corpo e, ainda que alguns dos sintomas melhorem ao longo do tempo, outros indicam que pode haver danos permanentes ao cérebro.

    Ao mesmo tempo, alguns efeitos de longo prazo podem ser atribuídos ao trauma social durante a infecção, já que muitos pacientes enfrentaram o preconceito e o ostracismo de seus parentes e sua comunidade.

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