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    Primeiro transplante de útero nos EUA falha e órgão é retirado

    DO "NEW YORK TIMES"

    10/03/2016 02h00

    O primeiro transplante de útero nos EUA falhou e o órgão precisou ser retirado, de acordo com médicos da Clínica Cleveland, onde os procedimentos foram feitos.

    A paciente, de 26 anos, passou a sofrer complicações na terça-feira (8), um dia depois de o hospital ter feito uma coletiva de imprensa para descrever o que parecia um transplante bem-sucedido. O evento contou com uma rápida aparição da paciente, que pediu apenas para ser identificada como Lindsey, para preservar sua privacidade.

    Uma porta-voz da clínica afirmou que a paciente se recupera bem da operação que removeu o útero implantado e que o órgão –retirado de uma doadora morta– estava sendo analisado por patologistas para ajudar a determinar o que deu errado.

    O transplante de Lindsey foi o primeiro de dez planejados inicialmente pela Clínica Cleveland, como parte de um programa experimental cujo objetivo é permitir que mulheres inférteis se tornem mães. Lindsey nasceu sem útero, mas outras candidatas podem ter tido danos no órgão ou problemas médicos que tornaram a remoção necessária, como câncer.

    Infográfico: Transplante de útero

    O transplante é temporário. A ideia é retirar o útero depois que as pacientes têm um ou dois filhos, para que elas não precisem mais tomar drogas imunossupressoras contra a rejeição do órgão.
    suécia

    O líder da equipe cirúrgica nos Estados Unidos foi o médico Andreas Tzakis, que antes do transplante de Lindsey viajou à Suécia e trabalhou com profissionais da Universidade de Gotemburgo, os únicos do mundo que realizaram o procedimento com sucesso até agora.

    Além dos EUA, outras tentativas na Arábia Saudita e na Turquia também falharam. Médicos na Grã-Bretanha, França, no Japão e em outros países, porém, estão planejando operações similares, mas usando doadoras mortas em vez de vivas.

    Nove mulheres já se submeteram à cirurgia na Suécia, com órgãos retirados de doadoras vivas. Pelo menos quatro delas já tiveram bebês –o primeiro nascimento ocorreu em 2014. O bebê nasceu prematuro, porém saudável. A paciente havia recebido o útero de uma mulher de 61 anos que entrara na menopausa.

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