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    Governo fará nova parceria com escolas para vacinação contra o HPV

    DE BRASÍLIA

    30/03/2016 14h58

    O governo federal lançou nesta quarta-feira (30) uma nova campanha de vacinação contra o vírus HPV. A meta é conseguir vacinar 1,7 milhões de garotas com 9 anos, além das adolescentes com 10 a 13 anos.

    Diferente de outros anos, agora a vacina só terá duas doses, uma inicial e um reforço após 6 meses. Até então, eram necessárias três doses para a imunização –a inicial e dois reforços, com 2 e 6 meses.

    Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 3,2 milhões de doses, ao custo de R$ 1,1 bilhão, estão disponíveis em 36 mil localidades. A vacinação ocorrerá tanto em unidades de saúde quanto em escolas públicas e privadas, por meio de parceria com os municípios.

    Robson Ventura - 10.mar.2014/Folhapress
    Adolescente é vacinada contra o HPV em posto de saúde; ideia é imunizar meninas de 11 a 13 anos
    Adolescente é vacinada contra o HPV em posto de saúde; ideia é imunizar meninas de 11 a 13 anos

    Para reforçar a campanha, o governo criou peças publicitárias para serem veiculadas em TVs e rádios entre 3 e 15 de abril.

    A mobilização ocorre após o governo enfrentar impasses para atingir as metas de vacinação nos dois anos anteriores. Em 2014, quando foi lançada, a meta de vacinar até 80% das meninas de 11 a 13 anos não foi atingida no período esperado, ficando em 60% na segunda dose. Após uma reformulação na estratégia, com a retomada da parceria com as escolas, o índice chegou a 92% no ano passado.

    Mesmo impasse ocorreu em 2015, quando a cobertura de vacinação para meninas de 9 a 11 anos ficou em 69% na primeira dose e 43,7% na segunda.

    O Ministério da Saúde atribui os baixos índices a um conjunto de fatores. Um deles é a dificuldade para levar as adolescentes para receber a vacina quando estas estavam disponíveis apenas nas unidades de saúde –estudos mostram que o envolvimento das escolas na vacinação de jovens é a melhor forma de alcançar índices mais altos de cobertura vacinal.

    Outro fator são boatos sobre efeitos colaterais e eficácia da vacina, que circularam nas redes sociais nos últimos dois anos. "Contamos com essa campanha para esclarecer que a vacina é segura e eficaz", diz Antônio Carlos Nardi, secretário de vigilância em saúde. A eficácia da vacina, segundo o ministério, é de 98%.

    O ministério espera 16 mil novos casos de câncer de colo do útero causados por HPV em 2016. A expectativa de mortalidade deve alcançar 5,4 mil óbitos.

    "É a quarta maior causa de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. Queremos que as nossas meninas estejam de fato livres do HPV", diz Nardi.

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