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    Técnica reduz chance de transmitir malária por transfusão de sangue

    RICARDO BONALUME NETO
    DE SÃO PAULO

    09/05/2016 02h00

    Embora a malária seja transmitida por picadas de mosquitos, a chance de contrair a doença por transfusão de sangue é alta em países africanos. Uma nova técnica conseguiu reduzir o risco de transmissão de malária por transfusão de sangue.

    Em Gana, onde foi feita a pesquisa, 50% dos doadores de sangue contêm o plasmódio, parasita causador da doença. O resultado: entre 14% a 28% dos pacientes que receberam transfusões testam positivo para o parasita.

    A técnica para reduzir esse risco consiste em tratar o sangue com radiação ultravioleta e vitamina B2. Estudos prévios em laboratório mostraram que ela poderia inativar vários patógenos, como o plasmódio, o vírus HIV ou os vírus das hepatites B e C.

    No estudo, publicado na revista médica "The Lancet", dentre os pacientes que não tinham o plasmódio, parte recebeu sangue tratado, parte recebeu o não tratado. No total, 22% dos que receberam o sangue tradicional testaram positivo para o parasita e só 4% dos que receberam o sangue tratado testaram positivo.

    Comentando o estudo na mesma edição da revista médica, Sheila F O'Brien, dos Serviços de Sangue do Canadá, disse que esse tipo de técnica deixaria ainda mais seguras as transfusões nos países desenvolvidos e pode "revolucionar a segurança na transfusão na África, onde ela é mais necessária".

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