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    OMS caminha para tirar identidade transgênero de manual de doenças

    DO "NEW YORK TIMES"

    26/07/2016 22h33

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) está avançando no caminho para remover a classificação de identidade transgênero como um distúrbio mental em sua lista de doenças, com um empurrãozinho de um novo estudo que pressiona a mudança da antiga designação.

    A mudança que até agora tem a aprovação de cada comitê pelo qual passou está em revisão para o próximo manual da OMS, que influencia o tratamento das pessoas em todo o mundo.

    "A intenção é reduzir as barreiras com o cuidado", diz Geoffrey Reed, psicólogo que está coordenando o grupo que discute transtornos de saúde mental e de comportamento para a nova publicação, que deve ser lançada em maio de 2018.

    A medida, de acordo com profissionais de saúde, deve ter impacto na aceitação por parte da sociedade e na luta por direitos dessas pessoas.

    Mas muitos dos defensores dos direitos desse grupo acreditam que é importante manter a identidade transgênero na lista de doenças porque a designação é usada para cobertura de planos de saúde e para obter dinheiro para pesquisa.

    PESQUISA

    Em um estudo publicado nesta terça (26), Reed e outros coautores entrevistaram 250 pacientes de uma clínica para transgêneros na Cidade do México. Eles descobriram que, enquanto a maioria sentiu desconforto com a identidade de gênero durante a adolescência, cerca de 20% não passou pelo mesmo.

    E entre aqueles que se sentiram incomodados ou disfuncionais no trabalho, lar ou escola, a maioria atribuía isso à maneira como eram tratados –sendo rejeitados ou atacados com violência– mais do que com a identidade de gênero per se, disseram os autores.

    Muitos tiveram problemas físicos de saúde, provavelmente resultantes de viver à margem da sociedade, porque suas vidas seguiam "um tendência do estigma para a doença", disse o médico Griet De Cuypere, que comentou o estudo.

    Estudos similares estão sendo conduzidos no Brasil, na Índia, no Líbano, na África do Sul e na França.

    "Eu esperaria ver esse tipo de estigmatização e violência em todos os outros países", disse Reed

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