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    Raspar ou depilar pelos pubianos aumenta riscos de DSTs, diz estudo

    DA BBC BRASIL

    09/12/2016 10h42

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    Depilação é uma prática cada vez mais comum entre homens e mulheres
    Depilação é uma prática cada vez mais comum entre homens e mulheres

    Uma pesquisa americana sugere que mulheres e homens que aparam, raspam ou retiram totalmente os pelos pubianos têm maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) do que pessoas que não o fazem regularmente.

    O estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, sugere que pequenos ferimentos na pele causados pela retirada dos pelos podem facilitar a ocorrência de infecções. Médicos também argumentam que as pessoas que aparam ou raspam os pelos –e, principalmente, os que retiram todos os pelos pubianos– tendem a ter uma vida sexual mais ativa.

    A pesquisa foi feita com mais de 7.500 americanos adultos e publicada na revista médica "Sexually Transmitted Infections". O relatório afirma que as duas explicações mais prováveis para a ligação entre raspar ou aparar os pelos pubianos e a incidência mais alta de DSTs eram os cortes minúsculos na pele e o fato de que, segundo os pesquisadores, pessoas que aparam os pelos pubianos têm uma chance maior de apresentar um comportamento sexual de risco, com mais parceiros sexuais.

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    No verão, a prática de raspar ou depilar pelos pode ficar mais frequente
    No verão, a prática de raspar ou depilar pelos pode ficar mais frequente

    A pesquisa afirmou que, entre os pesquisados, o barbeador elétrico era a ferramenta mais comum para aparar os pelos pubianos entre os homens. Já a lâmina manual era a ferramenta predileta das americanas. Cerca de um em cada cinco homens e mulheres usou tesouras.

    Os pesquisadores afirmaram ainda que os médicos deveriam aconselhar os pacientes a diminuir a frequência com que raspam ou aparam os pelos pubianos ou adiar as relações sexuais logo depois de raspar, até que a pele da região genital tenha se curado totalmente.

    Quase três quartos dos pesquisados disseram que já tinham cuidado dos pelos pubianos antes: 84% das mulheres e 66% dos homens afirmaram que já tinham aparado, raspado ou depilado os pelos.

    Entre estes, 17% declararam ser adeptos da técnica mais "extrema", retirando todos os pelos ao menos uma vez por mês. Outros 22% afirmaram fazer com muita frequência, aparando diariamente ou uma vez por semana.

    HPV

    Na pesquisa, qualquer tipo de procedimento estético em relação aos pelos pubianos estava ligado a um aumento no risco de contrair uma DST. E este risco aumentava junto com a frequência e o tipo de procedimento –ou seja, quanto mais extrema fosse a retirada dos pelos.

    Aqueles com os hábitos mais extremos de retirada dos pelos tinham uma chance entre três e quatro vezes maior de contrair uma DST, principalmente infecções que são transmitidas através do contato com a pele, como herpes e HPV.

    Mas nem tudo é notícia ruim: as pessoas que aparam, raspam ou depilam os pelos pubianos estavam mais protegidas contra o chato, um tipo de piolho que atinge a região pubiana –uma infestação conhecida como pediculose pubiana.

    "Se os cuidados com os pelos pubianos protegem contra a pediculose pubiana, então os indivíduos que correm o risco de contrair estes piolhos devem ser aconselhados a remover os pelos", afirmou o relatório.

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