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    Mulheres heterossexuais têm menos orgasmos, aponta estudo

    DA BBC BRASIL

    26/02/2017 08h44

    Thinkstock
    Estudo feito nos EUA aponta que as mulheres heterossexuais têm menos orgasmos que lésbicas ou bissexuais
    Estudo americano diz que mulheres heterossexuais têm menos orgasmos que lésbicas ou bissexuais

    As mulheres heterossexuais têm menos orgasmos do que os homens e do que as mulheres lésbicas ou bissexuais, revela um novo estudo.

    Os resultados foram obtidos a partir de um levantamento com 52,6 mil pessoas nos Estados Unidos, que analisou o "intervalo de orgasmos" entre os gêneros e as diferentes orientações sexuais.

    A pesquisa também recomenda uma "variedade de comportamentos que os casais podem tentar para aumentar a frequência dos orgasmos", entre eles, sexo oral e estimulação manual.

    Realizado pela Universidade de Indiana, pela Universidade Chapman e pela Universidade de Claremont, todas nos Estados Unidos, o estudo mostra a proporção de pessoas que geralmente têm orgasmos:

    • 65% das mulheres heterossexuais
    • 66% das mulheres bissexuais
    • 86% das mulheres lésbicas
    • 88% dos homens bissexuais
    • 89% dos homens gays
    • 95% dos homens heterossexuais

    "Os resultados, no entanto, indicam que esse intervalo de orgasmos pode ser reduzido", assinala o estudo.

    "O fato de que as mulheres lésbicas têm orgasmos com maior frequência do que as mulheres heterossexuais indica que muitas mulheres heterossexuais poderiam ter maiores taxas de orgasmo", acrescenta.

    OUTROS COMPORTAMENTOS

    A pesquisa também destaca outro dado importante: poucas mulheres heterossexuais "atingiram o orgasmo por meio apenas da penetração".

    Segundo a pesquisa, houve uma associação clara entre a frequência do sexo oral e o número de orgasmos em mulheres heterossexuais, mulheres lésbicas, mulheres bissexuais, homens gays e homens bissexuais.

    Mas apenas em homens heterossexuais esse padrão não foi detectado. Outros comportamentos ligados a um aumento de orgasmos nas mulheres foram:

    • Pedir o que queriam na cama
    • Elogiar seu parceiro por algo que eles fizeram na cama
    • Ligar ou enviar e-mail para fazer alguma provocação sexual
    • Vestir uma lingerie sexy
    • Tentar novas posições sexuais
    • Estimulação anal
    • Falar sobre ou realizar fantasias sexuais
    • Envolver-se em conversas sensuais e expressões de amor durante o sexo

    Os autores do estudo ressaltaram ainda que as diferentes taxas de orgasmo entre homens e mulheres podem ser explicadas por razões sociais e evolutivas.

    Segundo eles, o estigma que acaba inibindo as mulheres de expressar seu desejo dificulta a descoberta sexual.

    Já a crença entre alguns homens de que a maioria delas tem orgasmo durante o sexo com penetração tampouco lhes permite alcançar o momento de maior prazer.

    Outro efeito que explicaria a diferença entre homens e mulheres estaria ligado à evolução, já que orgasmos masculinos e femininos serviriam a propósitos diferentes.

    O orgasmo masculino é tido como uma ejaculação com fins de reprodução, enquanto nas mulheres "facilita a ligação com um parceiro romântico de longo prazo", diz a pesquisa.

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